Conselho cobra, e Corinthians estuda 'abrir' contas de arena

Como já aconteceu em relação a gestões anteriores, conselheiros do Corinthians reclamam da falta de informações financeiras sobre a arena do clube. O incômodo motivou um pedido para que a diretoria comandada por Duílio Monteiro Alves apresente de maneira clara e regular as contas referentes ao estádio.

Como a Neo Química Arena não está vinculada ao CNPJ corintiano, os dados de sua contabilidade não aparecem nos balancetes e nos balanços da agremiação. O estádio está ligado ao Arena Fundo de Investimento Imobiliário, idealizado pelo clube e pela Odebrecht para viabilizar a operação.

O pedido é para que a diretoria apresente periodicamente aos conselheiros o valor atualizado da dívida referente à construção da arena, a quantidade de parcelas a serem pagas e quanto custa cada uma. Outra solicitação é para que a direção esclareça se já foram pagos valores referentes à venda dos naming rights da arena, além de detalhes sobre a forma de pagamento.

Há ainda pedido para que a direção explique a situação do acordo com a Caixa para a retirada da ação de cobrança movida pelo banco contra a Arena Itaquera, controlada por Corinthians e Odebrecht. Desde novembro de 2020, antes mesmo de Duílio ser eleito, o clube dá como certo o trato para encerrar o processo, mas o pacto ainda não foi oficializado.

Solicitação semelhante é feita em relação ao acordo para quitar parte da dívida com a Odebrecht, que ficou dependendo da aceitação de credores da construtora que ergueu o estádio alvinegro.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a direção corintiana afirmou que analisa o pedido feito pelos membros do conselho.

"A diretoria do Corinthians recebeu o pleito de conselheiros em 23 de setembro último e encaminhou estudo da questão", diz a nota enviada ao blog.