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Bastidores: por que a FPF não aceitou pedido do Palmeiras para adiar dérbi?
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Ao discutir o pedido do Palmeiras para adiar o clássico desta quarta (3), com o Corinthians, por causa da proximidade com o segundo jogo da final da Copa do Brasil, a Federação Paulista explicou à direção alviverde o impacto negativo que uma mudança teria na tabela do Paulistão. As conversas aconteceram antes do surto de covid-19 no alvinegro.
Um dos principais efeitos alegados, conforme apurou o blog, seria o time de Abel Ferreira precisar fazer quatro jogos pelo Estadual em oito dias. Ou seja, com um intervalo de apenas 48 horas entre cada jogo.
Além disso, a FPF avaliou que uma eventual mudança afetaria calendário e planejamento de outras cinco equipes.
Diante de todas as opções avaliadas, a Federação Paulista optou por manter a data do dérbi argumentando ser a solução que mais preserva o interesse de todos os participantes do campeonato.
O discurso dos dirigentes da federação nos bastidores é de que a entidade tem consciência de que manter a data do clássico, apesar de ele acontecer perto do segundo jogo da final da Copa do Brasil, no próximo domingo, não é a solução ideal. Mas foi a única considerada possível.
E por que a FPF, mesmo sabendo da chance de o Palmeiras estar na decisão da Copa do Brasil, marcou o dérbi numa data tão próxima?
Internamente, a entidade argumenta que, pelo estatuto do torcedor, a tabela do Paulista precisava ser publicada 60 dias antes de o campeonato começar. Assim, ela foi divulgada em 29 de dezembro.
Ainda de acordo com o argumento usado pela FPF nos bastidores, no dia 12 de janeiro o Palmeiras assegurou vaga na final da Libertadores e dois dias depois a CBF divulgou a marcação das finais da Copa do Brasil para 11 e 17 de fevereiro.
Seguindo esse raciocínio, em 30 de janeiro a CBF alterou as datas da decisão da Copa do Brasil para 28 de fevereiro e 7 de março, dias usados pelo Estadual. Então, a situação que envolve o dérbi passou a ser avaliada.
Ou seja, o entendimento na federação é de que no momento em que a tabela do Paulista precisava ser divulgada, era difícil fazer projeções sobre os finalistas da Libertadores e da Copa do Brasil. E que também seria complexo programar os jogos levando-se em conta hipóteses. Há ainda o argumento de que o Paulista sofreu com uma mudança de datas feitas pela CBF.
Também é usado na FPF o argumento de que o adiamento do clássico precisaria da anuência do Corinthians.
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