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Mauro Cezar Pereira

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Atlético e Flamengo sofrem com erros dos cartolas nas trocas de treinadores

Paulo Sousa na derrota para o Red Bull Bragantino - Diogo Reis/AGIF
Paulo Sousa na derrota para o Red Bull Bragantino Imagem: Diogo Reis/AGIF

09/06/2022 01h15

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Cuca foi campeão brasileiro e da Copa do Brasil em 2021 com um Atlético-MG que partia de uma clara ideia de jogo: defender bem e, em vantagem, explorar a velocidade e explosão de seus homens do meio para a frente, Hulk em especial. O treinador, por sinal, já adotara essa linha de trabalho no Palmeiras campeão nacional em 2016.

Com a saída do técnico, por opção dele, ao final do ano passado, o Galo contratou Antonio "El Turco" Mohamed, argentino que fez sucesso no México e tem perfil bem diferente do seu antecessor. A derrota para o Fluminense (5 a 3), no Maracanã, escancarou ainda mais o estilo antagônico em relação a quem comandava o time no ano passado.

O Flamengo abriu mão de Rogério Ceni absurdamente em meio ao Brasileiro de 2021, depois de um período superior a um mês no qual trabalhou com desfalques causados por lesões e pela Copa América. Como se não bastasse a bizarra demissão na madrugada, contrataram Renato Gaúcho para o seu lugar. Resultado: zero troféu.

A derrota na final da Libertadores antecipou a saída do treinador que estava na praia curtindo seu futevôlei quando o chamaram. Então, veio a busca por um novo português que revivesse os feitos de Jorge Jesus, já que o mesmo se recusou a voltar ao clube quando procurado, dias antes do Natal de 2021. Foi então que chegaram a Paulo Sousa.

Jhon Arias, do Fluminense, comemora seu gol com Andre durante partida contra o Atlético-MG pelo Campeonato Brasileiro - Thiago Ribeiro/AGIF - Thiago Ribeiro/AGIF
Jhon Arias celebra gol sobre o Atlético Mineiro
Imagem: Thiago Ribeiro/AGIF

Com a missão de remodelar o estilo de jogo do Flamengo e tirar jogadores de uma certa acomodação, a chamada zona de conforto, teve relação confusa com parte do elenco e sua passagem pelo clube aponta para um melancólico final. Nada disso teria ocorrido se Ceni não fosse injustamente demitido. Assim, os rubro-negros seguem mergulhados na crise.

No Atlético, ninguém se prontificou a ir até a Europa contratar um técnico, ficaram nos contatos remotos, não conseguiram Jesus e quase fecharam com Carlos Carvalhal, que recuou à última hora. Acabaram fechando com Mohamed mais ou menos como os flamenguistas com Renato meses antes, era o profissional mais acessível, disponível.

Os resultados negativos e o mau momento técnico do campeão brasileiro e do vice não são responsabilidade de Sousa e do "Turco" apenas. Tudo começa na forma equivocada como se busca soluções, na tentativa e erro, obviamente com maiores possibilidades de fracasso.

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