Mauro Cezar Pereira

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ReportagemEsporte

Na 2ª divisão, maior torcida tem jejum de 66 anos com rival perto da glória

A temporada tem sido discreta em Gelsenkirchen. O Schalke 04, que há 13 anos era semifinalista da Liga dos Campeões (foi eliminado pelo Manchester United em 2011) seguirá na segunda divisão na próxima temporada. E sequer passou perto de brigar pelo acesso.

Paralelamente, seu maior rival, o Borussia Dortmund, está a um empate de voltar à final da Champios League, feito que alcançou pela última vez em 2013. Um cenário terrível para o time que, se eventualmente não for mais, já foi conhecido como o de maior torcida na Alemanha.

Em 2021, então com 117 anos de história, os "Azuis Reais" foram rebaixados pela primeira vez desde 1988. A eqiupe voltou à Bundesliga 1 e cai de novo, ficando em penúltimo lugar, sem ter sequer a segunda chance no playoff entre o 16º e o terceiro da segundona.

Nesta temporada, correu risco de queda para a terceira divisão e até de extinção, mergulhado em dívidas próximas dos R$ 900 milhões e que em 2021 atingiram o que hoje seria R$ 1,2 bilhão.

Se o Bayer Leverkusen conquistou o título alemão de 2023/2024, o Schalke não ganha o campeonato da primeira divisão há 66 anos! Nem faz tanto tempo, em 2019, chegou às oitavas de final da Champions, sendo elminado pelo Manchester City.

Com cerca de 160 mil sócios, o clube sofreu, também, as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022. O conflito provocou o fim da parceria com o principal patrocinador, a Gazprom, gigante de energia controlado principalmente pelo Estado russo. Desastroso.

O belga Karel Geraerts, contratado em outubro, é o 11º técnico do Schalke em uma década. Em 12º lugar, cinco pontos acima da zona do rebaixamento e a três rodadas do final do campeonato, matematicamente o Schalke 04 ainda corre risco de queda.

Nos dez últimos jogos venceu três, perdeu dois, empatou cinco, 14 pontos em 30 disputados. No fim de semana vai observar os adversários e na terça-feira, enquanto o Dortmund jogará em Paris contra o PSG, visitará o lanterna e rebaixado Osnabrück.

A torcida segue ao lado do time e mais de 40 mil torcedores desejam ir ao jogo, como ocorre em todas as pelejas do Schalke fora da Veltins-Arena. Mas o Stadion an der Bremer Brücke comporta apenas pouco mais de 16 mil pessoas.

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Deve ser o jogo da rendenção, da sobrevivência. Para na temporada seguinte, ainda endividado e cheio de problemas, o time tentar o que hoje parece impossível: voltar à primeira divisão.

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