Atlético cai de rendimento em 2022 após, sem critério, escolher técnico

Quatro vitórias, duas derrotas, quatro empates. Esse é o retrospecto do Atlético Mineiro nos seus últimos dez jogos, pelo Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores da América. Batido pelo Tolima, na noite desta quarta-feira, em Belo Horizonte, ainda assim manteve a liderança de sua chave no certame internacional. Mas preocupa cada vez mais sua torcida.

O Galo contratou de maneira surpreendente o treinador Antonio "El Turco" Mohamed, depois de tentar outros nomes, como Jorge Jesus. Carlos Carvalhal, então no Braga, em determinado momento parecia certo, mas surpreendente e repentinamente disse não. A escolha do técnico de mais sucesso no México do que em seu país surpreendeu os compatriotas.

Na Argentina, Turco Mohamed liderou três equipes, Huracán, Independiente e Colón de Santa Fé. Na ocasião da sua contratação, conversei com colegas da imprensa argentina e a reação mais comum era surpresa com o fato de um clube que possui elenco entre os mais caros do continente ter contratado Mohamed - clique aqui e leia texto com depoimento de periodistas.

Fica cada vez mais claro que o "Turco" é, como já se sabia, um treinador de perfil muito diferente de seu antecessor. A defesa aberta no lance do segundo tento marcado pelo Tolima deixou mais claro esse problema. Mas não é algo que surpreenda quem conhece os trabalhos anteriores do argentino. Qual o critério do diretor executivo de futebol, Rodrigo Caetano, para tal escolha?

Pode dar certo? Sim. Mas a transformação é mais do que óbvia pela diferença de perfil entre Cuca e Mohamed. O preço é essa instabilidade do time, sem a certeza de que, adiante, as coisas voltarão ao patamar anterior, de 2021, quando o clube ganhou o campeonato brasileiro depois de meio século e a Copa do Brasil. O caminho a percorrer não é curto.

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