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Mauro Cezar Pereira

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Flamengo supera 48 horas de silêncio e parece refém de Gabigol

Gabigol quando conduzido pela polícia - Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Gabigol quando conduzido pela polícia Imagem: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

16/03/2021 12h37

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Domingo Gabriel Barbosa foi detido com cerca de 200 pessoas em cassino clandestino na cidade de São Paulo. Em seguida, o blog ouviu o vice-presidente jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches, que antecipou: "Isso é assunto pessoal dele. Não viola qualquer vínculo contratual com o Flamengo".

Mais de 48 horas depois, o clube não se manifestou a respeito. O blog entrou em contato com integrantes da atual gestão, que confirmaram: mesmo internamente não há manifestações sobre o episódio. "É lamentável. Nem que fosse um 'vamos resolver internamente'", disse um deles, em off, referindo-se ao constrangedor silêncio rubro-negro.

A diretoria do Flamengo parece refém do seu artilheiro, como parecia refém de Jorge Jesus. Em 2020, o técnico adiou a definição sobre seu futuro, até que comunicou a saída. E o presidente não sabia, como ficou claro - chique aqui, leia post da época e veja o vídeo.

A atitude de Gabigol em meio à pandemia está associada ao clube, queiram os dirigentes ou não, aceite a torcida do Flamengo, ou não. Ele é um símbolo rubro-negro, positivo quando crianças torcedoras até de outros clubes o idolatram. E negativo quando é personagem de uma situação como a de domingo passado.

Não por acaso, jogadores de futebol recebem parte de sua remuneração como direito de imagem. E a imagem de Gabriel foi afetada neste fim de semana, consequentemente a do Flamengo também. Os dois andam juntos, para o bem e para o mal. E esse silêncio amplia o constrangimento.

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