Eliminação para o Racing vai custar mais caro do que se imagina ao Flamengo
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A desclassificação do Flamengo na Copa Libertadores diante de um remendado Racing (eram seis os desfalques nos dois jogos entre as equipes) vai custar caro ao clube. Pelo segundo fracasso esportivo em poucas semanas, pelas finanças, com muito dinheiro que deixa de entrar nos cofres, e pela política que contamina o clube um ano antes das eleições presidenciais.
O Racing não parecia treinado pelo inquieto Sebastián Becaccecce, de tão recuado na etapa inicial. Linha de cinco defensores, um quarteto adiante e Lisandro Licha López à frente para reter a bola e tentar distribuir o jogo com Reniero e Fértoli pelos lados. Mas o Flamengo empurrou o time argentino para seu campo e foram raros os momentos nos quais os visitantes avançaram.
Vitinho teve duas das melhores chances do Flamengo no primeiro tempo, na ótima bola de Isla, quando chegou tarde e Gabriel Arias recolheu a bola, e no passe de Arrascaeta, que o deixou livre diante do goleiro, e chutou para fora. Antes, nos primeiros movimentos da partida, Bruno Henrique furou na pequena área após Gustavo Henrique desviar de cabeça.
O preciosismo rubro-negro nas finalizações voltou a ser observado em campo. Situações nas quais era possível tentar o arremate foram, como em outros jogos, marcadas pelo passe em busca de um companheiro mais bem posicionado. Em uma delas, Everton Ribeiro cabeceou para o meio da área pequena buscando Vitinho, mas errou a direção e o arqueiro do time de Avellaneda ficou com a pelota.
O modo arame liso, do time que cria e não faz os gols, ou seja, cerca e não machuca o adversário; custou caro quando Rodrigo Caio, que levara o amarelo aos 27 minutos de peleja, foi expulso a 17 da etapa final por falta em Lisandro. O experiente atacante, por sinal, também sofrera a entrada violenta que resultou no cartão vermelho para Thuller na partida da semana anterior.
Na sequência, outra vez importante participação de Licha, que se embolou com Gustavo Henrique, a bola bateu no pé do zagueiro e Sigali abriu o placar. O Racing tinha 11 contra 10 e o placar a seu favor. Quando Nery Dominguez se lesionou aos 26 e saiu, o técnico argentino colocou outro zagueiro em campo, Orban, mantendo a linha de cinco defensores. Exagero.
Becaccecce chamou o Flamengo para sua área e, mesmo desordenadamente, o time brasileiro igualou o placar nos acréscimos com Arão, de cabeça. Na disputa de pênaltis, o mesmo jogador foi o único a desperdiçar cobrança e as batidas precisas da equipe de Avellaneda a fizeram avançar na Libertadores. A segunda eliminação de Rogério Ceni pelo seu atual e novo clube.
O que será do Flamengo agora? Nos bastidores pega fogo a indicação do vice-presidente de esportes amadores, Guilherme Kroll. Nas finanças, mais um baque em temporada de pandemia e queda de receitas. Em campo, cobrança cada vez maior pela conquista de um título importante na temporada. Agora, só resta o Campeonato Brasileiro.
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