Até quando vence, São Paulo reclama de arbitragem, e a CBF tolera a pressão
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Os dirigentes do São Paulo reclamaram junto à CBF do gol anulado contra o Atlético Mineiro. Tinham razão e a comissão de arbitragem admitiu que houve erro. O jogo estava 0 a 0 terminou com a vitória atleticana por 3 a 0.
Agora parecem dispostos a protestar contra o primeiro gol do Fortaleza, time que os são-paulinos derrotaram no sábado por 3 a 2. As imagens do VAR com as linhas que comprovariam não existir impedimento não foram apresentadas.
A queixa é pertinente, deveriam ter mostrado na transmissão. Mas no mesmo jogo o time cearense teve um gol anulado quando o placar era de 1 a 1. A arbitragem de vídeo procurou e diz ter achado uma falta na origem do lance.
Momento polêmico em jogada com forte viés interpretativo. Mesmo assim os cartolas são-paulinos reclamam. Será que pedirão explicações para o tento anulado do Fortaleza, nem que seja para entender os critérios da arbitragem?
Sete dias antes, o São Paulo virou (2 a 1) em cima do Goiás, no Morumbi. No primeiro gol, de Brenner, até hoje ninguém consegue provar se a bola entrou. As imagens são inconclusivas e não há a tecnologia da linha do gol.
Mas o auxiliar correu de imediato para sinalizar o tento tricolor, mesmo mal colocado. O VAR não conseguiu provar nada, devido ao fato de as imagens disponíveis não permitirem uma conclusão. Valeu a decisão de campo.
Isso todos entendemos, mas por que não se questiona a decisão imediata do bandeirinha? E se ele errou? Como foi capaz de ter tamanha certeza de que a pelota ultrapassou completamente a linha vendo daquela posição?
Não se sabe de qualquer questionamento dos dirigentes com relação ao misterioso gol sobre o Goiás. Podemos, e devemos, questionar as polêmicas de arbitragem, independentemente do VAR ser, ou não, pivô das decisões.
O VAR corrige muitos erros, mas quando não é capaz de fazê-lo, isso não significa que a decisão de campo seja indiscutível. Pelo contrário. Inexplicável o silêncio de tantos, na mídia inclusive, após o gol validado contra o Goiás.
Enquanto isso, os cartolas seguem fazendo barulho. E a comissão de arbitragem da CBF, reagirá ou abrirá suas portas para que seja formada uma enorme fila de dirigentes reclamando dos apitadores e bandeirinhas?
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