Topo

Mauro Cezar Pereira

Briga clubes x TV torna mais irresponsável um Brasileirão com mata-mata

Esporte Interativo e seus clubes - Reprodução/Facebook
Esporte Interativo e seus clubes Imagem: Reprodução/Facebook

09/04/2020 19h34

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

A carta enviada pela Turner aos oito clubes Série A com os quais tem contrato (Athletico, Bahia, Ceará, Coritiba, Fortaleza, Internacional, Palmeiras e Santos) é o tempero indesejado em meio à crise provocada pela pandemia de coronavírus. Pagamentos dos direitos de transmissão estão suspensos e há risco de rescisão sob alegação de descumprimento de cláusulas contratuais. O fato é que o acordo parece mesmo prestes a ser rompido.

A brincadeira é cara e o retorno financeiro dificilmente vem instantaneamente quando há um grupo de comunicação há décadas mostrando os jogos, caso específico das competições brasileiras na Globo. Em meio a tudo isso, a Turner foi adquirida pela AT&T nos Estados Unidos e os canais Esporte Interativo extintos, tanto que as partidas da Série A foram mostradas pela TNT em 2019. As partes deverão buscar acordo, mas o risco de parar na justiça é real.

Em meio a tudo isso, é incrível que a CBF ainda não tenha assegurado o campeonato brasileiro em 38 rodadas. Esses clubes, caso rescindam com a Turner, terão que negociar, a priori com a Globo, e o farão obviamente em condições mais do que desfavoráveis, ainda mais se a Série A lhes proporcionar metade dos jogos, única certeza que terão se for adotado o sistema de disputa anterior à adoção dos pontos corridos, ocorrida em 2003.

A irresponsabilidade na gestão bate recordes no futebol brasileiro, até em meio à pandemia.