Eleição e emprego de Dorival. Santos x Ponte vai além de uma classificação
O Santos encara a sua primeira decisão nesta temporada, diante da Ponte Preta, nesta segunda-feira, às 20h (de Brasília), no estádio do Pacaembu. A partida é considerada de alto risco nos bastidores da Vila Belmiro. Reverter a vantagem da Ponte, que venceu a ida por 1 a 0, vale muito mais do que apenas a classificação para a semifinal do Campeonato Paulista.
Uma eventual eliminação pode gerar conflitos para os dois cargos mais importantes do clube – presidente e treinador. Explica-se. Há dirigentes, conselheiros e torcedores que defendem a demissão do técnico Dorival Júnior caso a equipe santista caia diante da Ponte Preta.
Esse mesmo grupo tenta convencer o presidente Modesto Roma a demitir o treinador desde o ano passado. Apesar do bom desempenho à frente do Santos na gestão Modesto, Dorival já balançou duas vezes no cargo.
A primeira ameaça a Dorival aconteceu em 19 de outubro do ano passado, após a eliminação precoce na Copa do Brasil para o Internacional. Já em uma crise que culminaria no rebaixamento para a Série B, os gaúchos atuaram com os seus reservas pensando no clássico contra o Grêmio, pelo Brasileiro.
Na ocasião, o Santos ocupava apenas a quarta colocação na competição nacional, sem a classificação direta para a fase de grupos da Libertadores (já que ainda não havia aberto uma vaga extra para times brasileiros). O que salvou Do rival foi uma vitória improvável, fora de casa, contra a Chapecoense, dias depois da eliminação. Além disso, o treinador contou com o apoio do presidente Modesto Roma Júnior nos bastidores.
A segunda ameaça ocorreu neste ano, após a perda para o Corinthians em Itaquera, pela fase de grupos do Campeonato Paulista. Era a segunda derrota seguida em clássicos, já que o Santos havia sido derrotado pelo São Paulo, na Vila Belmiro, dias antes.
O jogo seguinte era a estreia do Santos na Libertadores, diante do Sporting Cristal, no Peru. O grupo que pretende ver Dorival fora do clube via o cenário ideal para a demissão em caso de derrota, mas o treinador conquistou um bom empate, com o time jogando bem, e se firmou mais ainda na rodada seguinte: quando a equipe venceu o The Strongest, na Vila, e assumiu a liderança de seu grupo na competição continental.
Eliminação também prejudica Modesto em eleição
O presidente Modesto Roma, grande responsável por segurar Dorival no cargo, também não quer nem ouvir falar em uma eliminação para a Ponte Preta, já que o Santos está em ano eleitoral. Em dezembro, Modesto concorre a eleição contra Fernando Silva, José Carlos Peres e Andres Ruas, ex-integrante do seu Comitê Gestor e responsável por comprar os 10% que o Santos detém de Lucas Lima.
O mandatário sabe que os rivais vão utilizar a eliminação precoce nas eleições, caso a equipe santista não supere a Ponte. Aliás, o discurso dos opositores está pronto. Nos bastidores da Vila, eles já alegam que foi um erro do presidente escolher o Pacaembu por uma renda maior e preterir a Vila Belmiro nas quartas de final do Paulista. Modesto, por sua vez, alega que escolheu o estádio paulistano não por dinheiro, e sim por compromisso e promessa aos torcedores do Santos em São Paulo.
Para se classificar, o Santos precisa vencer por dois gols de diferença. Se conseguir a vitória pela diferença mínima, a decisão do semifinalista acontecerá nos pênaltis.
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