Sucesso de Rocha no Palmeiras aumenta pressão sobre laterais do Atlético-MG
Durante seis anos a lateral direita do Atlético-MG foi ocupada por Marcos Rocha. Período em que o clube conquistou títulos estaduais, nacionais e internacionais, além de se classificar cinco vezes seguidas para a Copa Libertadores. Entre críticas e elogios, jamais Marcos Rocha esteve perto de perder a camisa para algum concorrente. Poucos meses após a saída do lateral, emprestado ao Palmeiras, o Atlético já teve três atletas diferentes no setor.
Samuel Xavier começou 2018 na equipe principal, mas durou poucos jogos. Carlos César também já foi titular nesta temporada e, atualmente, Patric é o favorito do técnico interino Thiago Largui. Enquanto o Atlético busca um novo dono da lateral direita, Marcos Rocha já se destaca no Palmeiras.
No triunfo por 3 a 0 sobre o Novorizontino, por 3 a 0, pelas quartas de final do Campeonato Paulista, o ex-atleticano foi um dos destaques do time alviverde. Foram nove roubadas de bola na partida. Só no Paulista foram 42 desarmes certos, o que faz de Marcos Rocha o maior ladrão de bola da competição, de acordo com os números do Footstats.
Já no Galo, os laterais seguem pressionados pela torcida. E a boa fase de Marcos Rocha com a camisa do Palmeiras só aumenta a cobrança por quem está na Cidade do Galo. Após seis anos de estabilidade no setor, o time alvinegro volta a sofrer na busca por um lateral direito que assuma a posição e tome conta do setor.
Pegando o número de desarmes para a comparação, se Marcos Rocha é líder no quesito no Paulista, juntos Patric e Samuel Xavier não roubaram metade das bolas do que já roubou o lateral direito do Palmeiras. Os atleticanos têm 11 e 9 desarmes completos, isso somados os jogos de Campeonato Mineiro e Copa do Brasil.
Por isso, a sombra de Marcos Rocha ainda é muito grande para os laterais do Galo. Algo que Patric deseja superar, com muito trabalho.
“Nem sempre a gente vai conseguir fazer o que torcedor espera, mas, sempre que possível, a gente possa subir essa necessidade. Não do companheiro que saiu, mas as necessidades do Atlético. O ano muda, é 2018. Então o que passou em 2017 ficou e o meu passado também ficou”, disse o atual dono da lateral direita do Galo.
Marcos Rocha vira exemplo para Patric
Jogador do Atlético desde 2011, entre idas e vindas, Patric esteve por muito tempo ao lado de Marcos Rocha. Apesar da disputa de posição, ambos se tornaram amigos. Patric jogou enquanto o titular estava machucado ou suspenso, além das vezes em que foi escalado em outra posição que não a lateral.
Por conhecer bem Marcos Rocha e saber um pouco de como foi a história dele com a camisa do Galo, Patric acredita que tem potencial para fazer o mesmo. Marcos Rocha foi revelado pelo Atlético, fez o primeiro jogo como profissional em 2009, mas só se firmou após alguns empréstimos, para CRB, Ponte Preta e América-MG.
Desde que chegou à Cidade do Galo, Patric já foi emprestado em seis oportunidades, o último no ano passado, para o Vitória. Depois de tanto rodar e com o contrato perto do fim, Patric espera que 2018 possa ser sua temporada como o lateral direito titular do Atlético.
“Em sempre demonstrei carinho pelo Rocha e o trabalho que ele fez é para que todo altera que aqui esteja procure crescer. Estou batalhando pelo meu espaço e não vou ser igual ao Rocha. Em algumas coisas ele tem um pouco mais qualidade e um pouco mais de defeito. E tudo vai ser construído com trabalho. Ele trabalhou, lutou e conquistou seu espaço, seu lugar ao sol. Assim também vejo meu trabalho. O Rocha também não era unanimidade para torcida e imprensa, então, quanto a isso, eu fico bastante tranquilo”.
Samuel Xavier fez um jogo em dez e Carlos César saiu
A expectativa da torcida do Atlético é pela contratação de mais um lateral direito para a disputa do Campeonato Brasileiro. O diretor de futebol Alexandre Gallo revelou que o clube vai sim buscar reforços, mas sem informar para quais posições. Enquanto isso, os demais laterais do Atlético perderam espaço.
Samuel Xavier chegou ao Galo emprestado por uma temporada. Indicação de Oswaldo de Oliveira, treinador atleticano até o início de fevereiro, o jogador que veio do Sport sumiu desde a troca no comando técnico. Samuel atuou apenas uma vez nas últimas dez partidas do Atlético, em oportunidade que os titulares foram poupados por Thiago Larghi.
Já Carlos César, titular em uma oportunidade em 2018, foi emprestado para o Coritiba. O lateral de 30 anos tem contrato até de julho do ano que vem e vai ficar na equipe paranaense até o término da Série B do Brasileirão.
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