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Em nota, Santos repudia entrada de Fucile: 'Nossos Rodrygos não pararão'

Atacante Rodrygo deixou o campo em Nacional x Santos após entrada de Fucile - Federico Anfitti/EFE
Atacante Rodrygo deixou o campo em Nacional x Santos após entrada de Fucile Imagem: Federico Anfitti/EFE

Do UOL, em São Paulo

02/05/2018 14h50

O Santos emitiu nota nesta quarta-feira em repúdio às declarações de Jorge Fucile, lateral direito do Nacional (URU). Após o jogo da véspera entre as duas equipes no Uruguai, válido pela quinta rodada do Grupo 6 da Libertadores 2018, o próprio Fucile – que atuou pelo Santos em 2012 – admitiu ter acertado de propósito o atacante Rodrygo com uma entrada mais forte no tornozelo do atleta.

O lance tirou Rodrygo da partida e preocupa o Santos. Em entrevista á rádio uruguaia Sport 890, Fucile disse que atingiu o adversário para que parasse de driblá-lo.

“Eu levei três ‘canos’ [drible por baixo das pernas], pela primeira vez na história eu levei três ‘canos’. Não houve nenhum jogador que tinha me dado três vezes. [Rodrygo] vai colocar o vídeo e assistir todos os dias. Não havia outra maneira de tirá-lo do campo. Pude tirá-lo de campo e assim se tranquilizou a partida”, afirmou.

Em nota, o Santos afirmou que estimula o bom futebol em detrimento de faltas graves que tirem craques de campo. De quebra, cobrou respeito nomimalmente de Fucile – que, aos 33 anos, está “em final de carreira”.

O jogo terminou com vitória do Nacional por 1 a 0. Com nove pontos em cinco jogos, o Santos já está classificado à próxima fase da Libertadores, e lidera a chave à frente do próprio Nacional (oito pontos), do Estudiantes e do Real Garcilaso (cinco pontos cada).

Confira a nota:

“Os Meninos da Vila nascem para jogar bola e são estimulados para isso. Nem sempre se ganha, mas aqui é lugar de jogar futebol. Dar e tomar dribles faz parte. Tomar três dribles desconcertantes de um novo craque do mundo do futebol não significa uma mancha na carreira. Mas tirar esse craque de campo, com uma falta grave, e reconhecer que o tirou por não saber como não tomar o quarto drible, isso é.”

“O lateral Jorge Fucile, do Nacional do Uruguai, e que jogou no próprio Santos FC em 2012, admitiu que precisou apelar para a violência para frear o atacante Rodrygo. O mais novo raio da Vila passará por exames assim que chegar ao Brasil. Fará isso para saber a gravidade da contusão que só existiu porque um adversário não sabe ainda, já em final de carreira e mesmo ainda jogando por um dos clubes mais tradicionais do esporte, que respeito à um colega de profissão é elementar.”

“Como afirmou nosso técnico Jair Ventura, ‘a técnica não pode perder para a violência’. E se depender do Santos FC isso nunca acontecerá. Nem sempre ganhamos, é verdade. Mas nos entristecemos ao ver decisões como as tomadas pelo jogador uruguaio. Nossos Rodrygos não pararão. Nem com ameaças, nem com faltas, nem com exageros. Nem mesmo com Fucile.”