Depois de trauma em clássico, Guerra cresce e vira "cérebro" palmeirense
Badalado ao chegar à Academia de Futebol, Alejandro Guerra, enfim, respondeu ao investimento feito em seu futebol. Depois de um início de temporada turbulento, o camisa 18 convenceu nas duas últimas partidas, superou o trauma vivido no clássico contra o Corinthians e se tornou peça fundamental no esquema do Palmeiras.
Diante do Peñarol na última quarta-feira, o meia venezuelano, que custou R$ 10 milhões aos cofres da Crefisa, patrocinadora do clube, se destacou como o ‘cérebro’ da equipe de Eduardo Baptista na vitória por 3 a 2 sobre os uruguaios, no Allianz Parque.
O melhor jogador da Copa Libertadores do ano passado distribuiu sete assistências para finalizações de companheiros, número máximo alcançado por um atleta na edição deste ano do torneio sul-americano. Os dados foram divulgados pelo Footstats.
Em um destes passes para arremates, Guerra achou Dudu, livre, para anotar o segundo gol do triunfo responsável por colocar o Palmeiras na liderança do Grupo 5. Foi a segunda assistência do meio-campista nos últimos dois jogos.
Exatamente há uma semana, Alejandro Guerra deu o passe para Miguel Borja anotar o segundo gol no triunfo por 3 a 0 sobre o Novorizontino, que garantiu o Palmeiras na semifinal do Paulistão – o primeiro duelo contra a Ponte Preta está agendado para este domingo, às 16h (de Brasília), em Campinas.
A evolução demonstrada na semana passada no Pacaembu acabou ratificada no duelo pela Libertadores. Os sete passes para finalização quase totalizam o passado criativo de Guerra com a camisa alviverde – até a última quarta-feira, o venezuelano distribuíra nove assistências para arremates em oito jogos.
Os números anabolizados da última quarta-feira, na visão da comissão técnica, apontam para o crescimento no entrosamento do atleta com o grupo. Enfim, Guerra e Palmeiras se entendem.
“É um jogador experiente e tem uma visão de jogo importante. Ele está em evolução; o grupo está entendendo ele, e ele entendendo o grupo”, resumiu Eduardo Baptista.
A nova fase, embalada por duas atuações elogiadas publicamente por Eduardo Baptista, enterra a desconfiança das primeiras partidas, especialmente depois do clássico contra o Corinthians. Em Itaquera, Guerra perdeu a bola que gerou o gol de Jô, o único da vitória corintiana.
A derrota em uma partida na qual o Palmeiras possuía o roteiro favorável - atuou o segundo tempo inteiro com um jogador a mais - abateu o venezuelano. Naquela ocasião, Guerra deixou a Arena Corinthians com a expressão fechada, cercado de seguranças e sem falar.
O diagnóstico sobre o lado psicológico do venezuelano após o erro saiu cedo. Ainda depois da partida, Eduardo Baptista tratou de defender o meio-campista. "Não conversei ainda com o Guerra, mas, quando se ganha, ganham todos. Quando se perde, todos perdem", disse.
O venezuelano somou um período de quatro jogos, antes da sequência Novorizontino-Peñarol, e se destacou apenas no clássico contra o São Paulo, quando anotou o primeiro gol pelo clube.
Contra Red Bull-SP, Santos e Jorge Wilstermann-BOL acabou substituído por Baptista – nos dois duelos pelo Paulista saiu ainda no intervalo. Precisou a última sequência de jogos para o venezuelano superar o trauma, atuar por mais minutos (172 nos últimos dois jogos), e convencer a torcida, que até reclamou com Eduardo Baptista por tirá-lo do duelo contra o Peñarol.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.