William x Bolaños esquenta rivalidade Gre-Nal e gera troca de farpas
A rivalidade Gre-Nal voltou com tudo. Se antes do clássico 409 os dois lados trocaram leves alfinetadas, por conta do sorteio da arbitragem, a fratura no rosto de Miller Bolaños escancarou. O manual da boa vizinhança, empregado nos últimos anos, foi deixado de lado por Grêmio e Internacional depois do choque entre o equatoriano e o lateral direito William.
O conflito, é bem verdade, tem herança de antigas posições políticas. Uma delas em relação à Primeira Liga. Outra diz respeito ao calendário do Gauchão. Por fim, o trágico domingo de Bolaños - que deixou o estádio e foi direto para o hospital.
“O quanto criminoso foi o lance. O quanto criminoso foi o lance, de propósito. Com a mão estendida, cotovelo no rosto do jogador. E a arbitragem não viu. E é assim que se decide um jogo. Por isso que é melhor arbitragem de fora”, disse o mandatário.
Em seguida, o diretor executivo de futebol, Rui Costa, que tem discurso pautado pela ponderação, revelou toda sua irritação.
“O garoto chegou agora no Brasil, está com a boca toda sangrando, com a boca toda quebrada. Você pergunta: precisava disso? Foi um lance assustador”, disparou.
A revolta evidente dos diretores do Tricolor fez ressurgir tamanha rivalidade. E não foi apenas o Internacional o alvo. A arbitragem também viu se destinar a ela a revolta. Tanto que os cartolas esperaram a saída do árbitro Anderson Daronco da arbitragem para cobrá-lo. Na despedida, o juiz se limitou a dizer que não poderia conceder entrevistas após o jogo.
O Internacional respondeu citando outro lance da partida. Uma divida entre Maicon e Rodrigo Dourado, onde o capitão do Grêmio acerta a canela do volante.
“Foi um lance casual, por favor. Olhem o lance do William, está claro. E olhem a entrada do Maicon no Dourado, ele foi por cima da bola. Foi para machucar”, bradou Carlos Pellegrini, vice de futebol do Inter. “O Maicon deveria sair daqui e ir direto para a delegacia”, completou.
O tom seguiu elevado e quase virou o fio. O Inter, ao tentar proteger seu lateral, recuperou uma reclamação de antes da bola rolar: o tamanho da área técnica do banco de reservas do lado visitante.
“O presidente do Grêmio precisa rever sua conduta. Isso é uma postura velha, antiga, e não cabe mais no futebol. O Grêmio não queria uma Arena moderna? Padrão Fifa? Então qual a vantagem de reduzir a área técnica do nosso treinador? Ele é político, talvez ainda não tenha se acostumado com o futebol”, opinou Pellegrini.
A afirmação gerou indignação entre os dirigentes do Grêmio, que esboçaram uma ida até o vestiário visitante para dialogar pessoalmente com os cartolas rivais. O encontro não ocorreu. Mas a rivalidade esquentou de novo.
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