Topo

Rafael Oliveira

Melhor time da Europa em 2020, Bayern é coroado com título da Champions

Jogadores do Bayern comemoram gol marcado por Kingsley Comas - Pool/Getty Images
Jogadores do Bayern comemoram gol marcado por Kingsley Comas Imagem: Pool/Getty Images

Colunista do Uol

23/08/2020 18h13

Deu Bayern! E foi uma bela final de Liga dos Campeões. O formato era diferente, o ano era atípico e o aleatório teria maior peso do que nunca. Mesmo assim, o time alemão sai com o título europeu e a imagem de melhor equipe do continente.

A transformação conduzida por Hansi Flick ao longo da temporada foi notável. Pegou um time em mau momento e com fraco desempenho coletivo. Transformou em um dos mais completos dos últimos tempos, competente em todas as fases do jogo. Campeão da tríplice coroa, e com 100% de aproveitamento na Champions!

A decisão foi uma boa demonstração do que é o futebol no mais alto nível atualmente. Uma enorme disputa entre pressionar e superar pressões. O risco sempre presente a cada saída de bola, gerando sustos, mas também iniciando a construção dos melhores lances.

Os detalhes sempre pesam. E o PSG chegou a ter oportunidades. Foi o time mais perigoso no início, especialmente atacando em velocidade pelo lado esquerdo. Neuer precisou aparecer.

O Bayern teve dificuldades em diferentes setores e respondeu a partir da fantástica atuação de Thiago Alcântara, o melhor em campo. Alphonso Davies e Gnabry não conseguiram manter o nível de partidas recentes e o próprio Coman, autor do gol do título, demorou a começar a levar vantagem no duelo direto com Kehrer.

Um mérito do Bayern foi limitar a participação e reduzir o impacto de Neymar e Mbappé no jogo. Em um duelo do mais alto nível, só é possível competir com muito jogo coletivo. Por outro lado, não há nada maior que a qualidade individual para desequilibrar tal cenário. E isso o PSG tinha de sobra.

Competiu bem com grande primeiro tempo de Ander Herrera e Marquinhos. Já na etapa final, sofreu com o gol e se desorganizou com as substituições. Já não teve forças para bater de frente com a incansável pressão do Bayern, que viu Kimmich crescer no jogo e ajudar Thiago a controlar o meio.

Em um mata-mata, o aleatório sempre tem mais peso e o improvável sempre é mais possível. Não que o PSG fosse uma zebra - certamente não era. Mas o título está nas mãos do melhor time da Europa em 2020.