Topo

Rafael Oliveira

Instáveis mas animadores, Arsenal e Chelsea decidem título da FA Cup

Frank Lampard no comando do Chelsea - REUTERS/Issei Kato
Frank Lampard no comando do Chelsea Imagem: REUTERS/Issei Kato

Colunista do Uol

01/08/2020 04h00

Os caminhos dos rivais de Londres foram diferentes ao longo de 2019/20. Agora, os dois se enfrentam em Wembley, na decisão do torneio mais antigo do futebol: a Copa da Inglaterra.

Dois novatos promissores no comando. O ídolo Frank Lampard assumiu em um contexto delicado e, após perder Hazard e sem poder contratar, deu muito espaço aos garotos do elenco. A resposta foi positiva.

Já Mikel Arteta chegou no meio da temporada e tenta implementar novas ideias, com alguns aspectos do estilo de Guardiola, de quem era auxiliar até então.

Ambos oscilaram e sofrem com a insegurança defensiva. O Chelsea tem sido mais flexível nos desenhos e sistemas táticos. Mason Mount e Pulisic são dois dos principais nomes. No Arsenal, a lesão de Leno abriu espaço para uma grata surpresa: Emiliano Martínez, que tem agradado no gol, além de participar ativamente da saída de bola.

As pesadas semifinais reforçam o caminho até a decisão. O Chelsea eliminou o Man Utd (e já havia eliminado o Liverpool antes). O Arsenal executou um plano muito específico de Arteta para limitar o ataque do Man City. Arteta usou seu conhecimento de Guardiola para anular as opções de saída de bola. E ainda contou com um excelente papel de Lacazette, em grande fase, para marcar e armar.

Será possível planejar algo parecido na final? Uma diferença relevante é a alternativa que Giroud oferece ao Chelsea. Com o francês, a saída longa não é um problema, pois encontra um alvo. Um pivô para ligações diretas, algo que o Man City não possui. Assim, é de se imaginar que o Arsenal precise construir e produzir mais a partir da posse, não apenas apostando na marcação adiantada.

Frank Lampard será um grande personagem. Titular importante em quatro finais de FA Cup vencidas pelo Chelsea (2007, 2009, 2010 e 2012), Wembley é um palco habitual para o ex-meia que também marcou 12 gols pela seleção no estádio. Arteta também viveu seu momento de glória por lá, como capitão da conquista do Arsenal em 2014.

A rivalidade amplia o peso e o equilíbrio da decisão. Para o Arsenal, ainda há uma vaga na Europa League em jogo. Para os técnicos, a chance de um primeiro título na recente carreira. Para os times, dois bons ataques diante de defesas instáveis e imprevisíveis.