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Magnussen aparece como surpresa em negociações para vaga de Mazepin na Haas

Kevin Magnussen - Mark Thompson/Getty Images
Kevin Magnussen Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Colunista do UOL

09/03/2022 04h00

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O nome do dinamarquês Kevin Magnussen passou a fazer parte da lista de possíveis substitutos do russo Nikita Mazepin na equipe Haas. A informação é do jornal Ekstra Bladet, da Dinamarca. De fato, Magnussen preenche o pré-requesito principal para a vaga, de acordo com o chefe da equipe, Gene Haas. Piloto da Haas entre 2017 e 2020, ele tem experiência não apenas na Fórmula 1, como também dentro da equipe.

Trata-se de um nome que sequer se colocava entre os candidatos há uma semana, mas parece ter havido uma mudança nos últimos dias. E Magnussen aparece como um nome forte ao lado de outro piloto experiente, Nico Hulkenberg. O alemão tem 34 anos e está fora da Fórmula 1 desde o final de 2020, ou seja, um ano a mais que Magnussen, mas viria com um bom aporte de patrocinadores e tem boas chances. O brasileiro Pietro Fittipaldi foi confirmado por Haas para a segunda bateria de testes de pré-temporada, que começam nesta quinta-feira (10), mas tudo indica que permanecerá em sua vaga de piloto de testes e reserva durante a temporada.

Haas deixou claro que quer um piloto experiente para andar ao lado de Mick Schumacher, até porque não vai conseguir um substituto à altura de Mazepin em termos financeiros. Isso porque não apenas o contrato do russo foi rompido devido à invasão da Ucrânia, como também o do patrocinador principal da equipe, a empresa de fertilizantes UralKali, de propriedade de seu pai, o bilionário Dmitry Mazepin.

Ainda que os valores do contrato com os russos estejam bem abaixo dos 40 milhões de dólares que costumam ser reportados, como o próprio chefe da Haas, Guenther Steiner, deixou claro inúmeras vezes, não há outros pilotos tão endinheirados à disposição, e a Haas já deixou claro que, financeiramente, eles não têm de se preocupar de imediato.

Portanto, ainda que seja normal que o piloto tenha de trazer patrocínio, a vaga ficará com quem apresentar o melhor pacote também em termos de experiência e possibilidade de guiar o time em um ano de mudança extensa de regulamento.

Outra possibilidade para a Haas é contar com Antonio Giovinazzi, que fez a temporada passada pela Alfa Romeo. Ele dependeria quase exclusivamente do apoio da Ferrari, diferentemente do que acontecia nos tempos de Alfa, e a Scuderia já tem Mick Schumacher na Haas.

Voltando a Magnussen, o dinamarquês sempre agradou Gene Haas quando esteve na equipe. A questão é que ele tem dois bons contratos firmados: com a Chip Ganassi para mais três corridas na categoria norte-americana IMSA e com a Pegeout no Mundial de Endurance, por três anos. Ambos os campeonatos têm datas que coincidem com a Fórmula 1. E Magnussen disse no passado que não gostaria de voltar à F1 para andar no fundo do pelotão.

Gene Haas afirmou à agência de notícias AP no último domingo que a decisão seria divulgada até esta quarta-feira. Mas os acontecimentos dos últimos dias podem atrasar o anúncio. A Haas, inclusive, teve um atraso importante no envio dos equipamentos para os testes por questões logísticas e não se sabe se o time estará pronto para o primeiro dia de atividades.

Estes testes são importantes porque vão acontecer no Bahrein, mesmo palco da primeira etapa da temporada da Fórmula 1, que começa já na semana que vem, com o GP de abertura dia 20 de março.