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F1: Teste da Mercedes acaba em rodada no pit e punição para Valtteri Bottas

Mecânicos da McLaren empurram a Mercedes de Bottas, que rodou no pit lane no 2º treino para o GP da Estíria  - Fórmula 1/Twitter
Mecânicos da McLaren empurram a Mercedes de Bottas, que rodou no pit lane no 2º treino para o GP da Estíria Imagem: Fórmula 1/Twitter

Colunista do UOL

25/06/2021 13h23

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Valtteri Bottas vai largar três posições atrás do que conseguir na classificação para o GP da Estíria, que será disputado neste domingo a partir das 10h da manhã pelo horário de Brasília. O finlandês foi punido por ter rodado dentro da área de boxes durante os treinos livres realizados nesta sexta-feira.

Mas o mais curioso é a explicação do piloto da Mercedes para a cena incomum: a equipe estava testando sair da parada nos boxes com a segunda marcha. O comportamento do carro acabou surpreendendo o piloto, que não conseguiu controlar a traseira e, por isso, rodou. A explicação foi confirmada pelos comissários da Federação Internacional de Automobilismo.

Por conta da rodada, Bottas ainda levou dois pontos de punição. O limite antes de o piloto receber a suspensão por uma corrida é de 12 pontos em 12 meses. Estes foram os primeiros pontos do finlandês.

Não é por acaso que a Mercedes está estudando formas de ser mais rápida nos pit stops: com a disputa com a líder do campeonato, Red Bull, tão equilibrada neste ano, as trocas de pneus são muito importantes e o time de Max Verstappen e Sergio Perez é muito mais rápida que os heptacampeões: a Mercedes sequer aparecer entre as 10 paradas mais rápidas do ano até aqui, enquanto a Red Bull fez seis delas.

FIA está de olho em sensores de pit stop

max - Mark Thompson/Getty Images - Mark Thompson/Getty Images
Max Verstappen faz ensaio de pit stop durante treinos livres na Estíria
Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Esse é mais um capítulo da disputa apertada entre as duas equipes, que anda bastante quente nos bastidores: os mecânicos da Red Bull foram vistos não dando qualquer sinal para que as luzes que liberam o piloto após a troca de pneus mudassem, o que indica que eles têm algum sistema totalmente automatizado para fazer isso. Tal sistema iria contra o regulamento, segundo o qual os sensores utilizados no equipamento para pit stops "devem ser acionados passivamente".

Por conta disso, a Federação Internacional de Automobilismo avisou as equipes que, a partir do GP da Hungria, no início de agosto, esse nível de automação não será mais tolerado. Nesta sexta-feira, o chefe da Red Bull, Christian Horner, questionou a nova orientação, que foi dada, oficialmente, por motivos de segurança.

"Imagino que sejamos muito competitivos, tendo o recorde no tempo de parada de box e a maioria das paradas mais rápidas do ano, e isso não é por acaso. Acho decepcionante... quer dizer, é dever do competidor assegurar que o carro está em segurança e a punição para uma roda ser mal afixada é que você tem de parar o carro imediatamente. É uma punição brutal por não ter afixado bem suas rodas. Então não tenho muita certeza de qual é o objetivo dessa diretiva técnica. É claro que, quando você está em uma situação de competição, se não podem batê-lo, o mais lógico é tentarem te parar e obviamente é isso que está acontecendo aqui."

Sentado ao lado de Horner na coletiva de imprensa, o chefe da Mercedes, Toto Wolff, não mordeu a isca de Horner e disse que era uma questão muito técnica e "quem cuida dessa parte é o diretor esportivo" da equipe.

Assim como aconteceu várias vezes com a Mercedes em seu período de domínio, a Red Bull está sob os holofotes por liderar ambos os campeonatos, de pilotos e equipes. Na última corrida, entrou em vigor outra diretiva técnica que limitava a flexão das asas traseiras o que, em teoria, deveria prejudicá-los. Mas eles venceram a corrida. Wolff então levantou a suspeita de que eles estariam com algo novo no motor, mas Horner rebateu que isso não é permitido pelas restrições às atualizações na unidade de potência. E essa briga ainda promete continuar até o final da temporada.