Hamilton sem contrato e Max sem companheiro: o que falta ser definido na F1

A temporada da Fórmula 1 acabou com a vitória de Max Verstappen no GP de Abu Dhabi no último domingo, e embora muitas mudanças para 2021 estejam confirmadas há meses, curiosamente, o heptacampeão Lewis Hamilton ainda não está garantido para seguir na Mercedes. Mas a grande expectativa é em relação à segunda vaga da Red Bull.

Alex Albon saiu fortalecido das duas últimas provas ao ficar dentro da meta dada para ele dentro da equipe - a cerca de três décimos dos tempos de Max Verstappen. O tailandês, inclusive, revelou ter encontrado algo no acerto do carro na última etapa que o deixou mais confortável em termos de pilotagem.

Esse foi um drama para o piloto de 24 anos ao longo do ano: Verstappen conseguia lidar melhor com um carro muitas vezes imprevisível, e que "teimava" em sair de dianteira. Sem ter o carro na mão na classificação, acabava ou largando mais atrás, ou com uma estratégia pior (começando a corrida com os pneus macios ao invés do médios, por exemplo), ficava preso no meio do pelotão e os resultados acabavam sendo bem diferentes dos de Max, que passou a maior parte da temporada andando próximo das Mercedes, longe do restante do pelotão.

Essa dificuldade de Albon em sair dessa espiral negativa fez a Red Bull tomar uma decisão inédita: ir buscar um piloto fora de seu programa de jovens. O time conversou com Sergio Perez e com Nico Hulkenberg, deixando os dois em compasso de espera por uma decisão sobre quem será o companheiro de Verstappen.

"Nós sempre dissemos que iríamos até o final do ano, e só então tomaríamos a decisão", disse Christian Horner, chefe da Red Bull, após o último GP da temporada. "Alex teve, provavelmente, seu final de semana mais forte da temporada aqui, o que é encorajador para ele. Agora temos um bom desenho da temporada, todos os dados, e vamos tomar a decisão nos próximos dias."

Apesar de ter decepcionado dentro das pistas, Albon tem o apoio do comando da Red Bull. Por outro lado Hulkenberg ou Perez trariam mais experiência e consistência à equipe, o que poderia ajudar em uma eventual disputa com a Mercedes em 2021.

Hamilton quer assinar contrato antes do Natal

O heptacampeão Lewis Hamilton e a Mercedes não demonstraram nenhuma pressa em fechar o novo contrato ao longo do ano, assim como já havia acontecido no compromisso anterior do britânico, firmado em 2018. Especulou-se que a indefinição a respeito da posição que o chefe Toto Wolff vai ocupar na equipe a médio prazo (até porque ele já deixou claro que não pretende mais viajar para todas as etapas) e uma divergência em relação à duração do acordo seriam os entraves para a renovação.

De qualquer maneira, Hamilton, que completa 36 anos em janeiro, manifestou seu desejo de continuar, no que seria seu último contrato na F1. E disse querer fechar o acordo nas próximas semanas.

"Adoraria - ou nós adoraríamos - que fosse fechado antes do Natal. Meu plano é estar na F1 no ano que vem, quero estar na F1 ano que vem. Acho que nós, enquanto equipe, temos mais coisas para fazer juntos e mais coisas para conquistar, tanto no esporte, quanto (e até mais) fora dele. Então espero que possamos começar a negociar nesta semana e fechar antes do Natal", disse.

Outra vaga que deve ser preenchida rapidamente é na AlphaTauri. É esperado o anúncio do japonês Yuki Tsunoda ainda nesta semana. Tsunoda vem de uma temporada muito forte na Fórmula 2, sendo terceiro colocado mesmo estando em seu ano de estreia na categoria. Os outros dois estreantes que estão vindo da F2, Mick Schumacher e Nikita Mazepin, que correrão pela Haas, fizeram duas temporadas na categoria. Piloto apoiado pela Honda e pela Red Bull, ele tem 20 anos e venceu duas corridas em 2020.