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GP da Emilia Romagna: datas, horários e tudo sobre a corrida de Imola

Pista de Imola mudou bastante desde o final dos anos 1980 - Pascal Rondeau/Allsport
Pista de Imola mudou bastante desde o final dos anos 1980 Imagem: Pascal Rondeau/Allsport

Colunista do UOL

29/10/2020 04h00

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Kimi Raikkonen é o único remanescente da última vez em que a Fórmula 1 esteve no circuito de Imola, na Itália, em 2006, quando o caçula do grid, Lando Norris, tinha apenas seis anos! Mas a prova agora vai ter uma identidade diferente: ao invés de ser chamada GP de San Marino, referência ao país localizado a 100km do circuito, ganhará o nome da região em que está Imola, nas proximidades de Bolonha: Emilia Romagna.

A prova, realizada em uma das seis pistas que foram adicionadas ao calendário já com o campeonato em andamento, como reposição a corridas canceladas devido ao covid, deve marcar um recorde para a Mercedes: salvo algum resultado muito ruim para o time alemão, eles vão conquistar o sétimo título mundial seguido, algo sem precedentes na categoria. Para isso, precisam sair de Imola com pelo menos 176 pontos de vantagem para a Red Bull. No momento, têm 209. Curiosamente, será a estreia da equipe Mercedes no circuito.

A prova também vai marcar a estreia de um formato de dois dias de evento, eliminando os treinos livres de sexta-feira. Então ao invés de um total de 4h de treinos livres, os pilotos só terão 1h30 logo antes da classificação para preparar seus carros. A ideia é que, no futuro, seja possível acrescentar mais etapas ao calendário com esse modelo.

Como acompanhar o GP da Emilia Romagna:

Sábado, 31 de outubro
Treino livre, das 6 às 7h30: SporTV2
Classificação, das 10h às 11h: SporTV2

Domingo, 1º de novembro
Corrida, a partir das 9h10: TV Globo e BandNewsFM (transmissão começa às 8h30)

Raio-X do circuito de Imola

Distância: 4909m

Número de voltas: 63

Recorde absoluto: 1min22s795 (Michael Schumacher, Ferrari, 2006)*

Recorde em corrida: 1min24s795 (Fernando Alonso, Renault, 2006)*
*obtido no traçado de 4959m

DRS - 1 zona
Detecção antes da curva 16 e ativação na reta principal

Pneus disponíveis: C2 (duros), C3 (médios) e C4 (macios)

Características da pista de Imola

A pista sofreu alterações desde a última vez em que a Fórmula 1 disputou corridas por lá e se tornou mais rápida, embora seja considerada uma pista de média velocidade no geral. A Variante Bassa foi removida, fazendo com um longo trecho, da curva Rivazza à Tamburello, seja feito de pé embaixo. Essas mudanças foram realizadas em 2010, mas só recentemente a pista ganhou a graduação máxima necessária para voltar a receber a F1.

É um traçado em que a precisão do piloto é muito importante, nas linhas e nas freadas, já que é um circuito bastante estreito e sem muito espaço para erros. A classificação também promete ser importante justamente por isso: é difícil encontrar um espaço para passar na corrida.

Depois de o asfalto novo e liso roubar a cena em Portimão, o cenário é completamente diferente em Imola, pois trata-se de uma pista que não é reasfaltada justamente desde a última corrida da F1 por lá. O asfalto não deve ser muito duro com os pneus, mas os times se preocupam com as zebras altas e as ondulações.

As equipes estão tratando a pista como se fosse nova: as informações de 2006 de pouco servem, já que os carros e os pneus mudaram totalmente. Para se ter uma ideia, os carros atuais são quase 150kg mais pesados que em 2006.

Curiosidades sobre o GP da Emilia Romagna

É uma prova que ficou marcada pelo trágico final de semana em que Ayrton Senna e Roland Ratzenberger morreram em 1994, e também por outros acidentes muito fortes - assim como o de Senna, também na curva Tamburello, que foi modificada ainda nos anos 1990: Nelson Piquet teve o acidente mais forte da carreira em 1987 e Gerhard Berger também bateu feio dois anos depois. E Rubens Barrichello foi outro que teve o pior acidente da carreira em Imola, nos treinos livres de 1994.

A pista foi inaugurada em 1950 e não tinha o mesmo nome de hoje: Enzo e Dino Ferrari. Enzo é o fundador da Ferrari e Dino era o apelido de seu filho, Alfredo, que teve distrofia muscular e morreu quando tinha 24 anos. O circuito era chamado simplesmente de Autódromo de Santerno, referência a um rio que passa próximo. Ele passou a se chamar apenas Dino Ferrari em 1970, e o nome de Enzo só foi adicionado após sua morte, em 1988.

Ainda que o nome da pista faça referência à Ferrari, o time de F1 mais próximo da pista na verdade é a AlphaTauri, que utiliza as instalações da antiga Minardi, na cidade de Faenza. Imola e Faenza são vizinhas. A fábrica da equipe fica a apenas 14km do autódromo.

Apesar de só Kimi Raikkonen ter feito uma corrida de Fórmula 1 no circuito de Imola, há um piloto do grid que foi campeão por lá: Lance Stroll, na Fórmula 3 Europeia em 2016. No ano seguinte, ele já estava no grid da F1, aos 18 anos.

Será a terceira vez que a F1 visita a Itália neste ano, algo que nunca tinha acontecido em 70 anos da categoria no país (na verdade, isso só aconteceu uma vez na história, em 1982, quando houve três provas nos EUA). E as corridas em solo italiano até o momento foram animadas: o GP da Itália teve um pódio todo diferente, com vitória de Pierre Gasly, Carlos Sainz em segundo e Lance Stroll em terceiro. E o GP da Toscana, em Mugello, foi marcado por acidentes. Será também a 100ª corrida oficial de F1 na Itália, primeiro país a atingir a marca.