Vitória do recorde foi uma síntese de por que Lewis Hamilton é um gigante
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Poucos pilotos tiveram a carreira tão meticulosamente planejada como Lewis Hamilton. Apoiado pela Mercedes desde o kart, na época em parceria com a McLaren, ele foi subindo de categorias aos poucos na base, sem pular nenhum passo, e chegou na Fórmula 1 já com um nível tão forte que redefiniu os recordes do que um estreante pode fazer: a bordo de uma McLaren que tinha um carro tão forte quanto o Ferrari na época, e disputando o título até o fim com nomes como Fernando Alonso e Kimi Raikkonen, ele chegou ao pódio em suas nove primeiras corridas, ganhou mais do que qualquer estreante na história, fez mais poles, e só não foi campeão porque a inexperiência cobrou seu preço no GP da China.
E esse seria só o cartão de visitas.
Ao longo dos anos, Hamilton foi aparando algumas arestas: melhorando o gerenciamento de pneus, limpando os erros, fortalecendo-se mentalmente, ele foi se tornando uma máquina de vencer. Não coincidentemente, a palavra que mais foi repetida por seus rivais em Portimão ao descreverem suas qualidades foi consistência. Ao longo dos anos, Hamilton foi minimizando seus dias ruins e encontrando saídas para quando as coisas não saem como o planejado.
É claro que ele tem o melhor carro há sete anos e isso infla seus números, mas o mais impressionante em Hamilton são as vitórias que ele vai buscar, os "jogos" que ele consegue virar. E é simbólico que o GP do recorde em Portugal tenha sido uma delas.
Primeiro, era uma prova em um circuito novo para ele, o piloto que venceu em mais pistas diferentes em toda a carreira - 28 com Portimão. Nos treinos livres e até durante a classificação, seu companheiro Valtteri Bottas parecia estar se adaptando melhor à pista. Junto com o engenheiro, Peter Bonnington, personagem tão fundamental em seu sucesso que foi o escolhido da Mercedes para receber o troféu de construtores nesta corrida histórica, tomou a decisão de fazer duas voltas rápidas na parte final da classificação. E derrotou Bottas.
Na corrida, sofreu com a pouca temperatura dos pneus nos primeiros metros e caiu para terceiro. Novamente, foi buscar. Passou Sainz e Bottas da maneira decidida de sempre e depois mostrou seu lado "encantador de pneus", como diria Sebastian Vettel, e abriu 25s para o próprio companheiro de equipe. Deu uma volta até no quinto colocado e se tornou o maior vencedor de todos os tempos.
E ele não dá sinais de que vai parar por aqui: com mais cinco provas até o final da temporada e com a expectativa de que a Mercedes ainda seja melhor no ano que vem, já que as regras ficam relativamente estáveis, não é exagero pensar que a marca de 100 vitórias será superada em breve.
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