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GP da Itália de F1: datas, horários tudo sobre a corrida

Michael Schumacher igualou as 41 vitórias de Ayrton Senna no GP da Itália em 2000 - Mark Thompson/Getty Images
Michael Schumacher igualou as 41 vitórias de Ayrton Senna no GP da Itália em 2000 Imagem: Mark Thompson/Getty Images

Colunista do UOL

03/09/2020 04h00

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A oitava corrida da temporada 2020 da Fórmula 1 não poderia ter um clima mais diferente em relação ao ano passado, quando o novo ídolo dos tifosi italianos, Charles Leclerc, chegava a Monza após conquistar sua primeira vitória na carreira na corrida anterior, em Spa, e a Ferrari voava nas retas. Depois que a unidade de potência italiana passou por um pente fino da Federação Internacional de Automobilismo e o time entrou em um acordo sigiloso com a entidade, o rendimento nunca mais foi o mesmo, dando razão a meses de reclamação dos rivais. Doze meses após Leclerc também vencer o GP da Itália, a Ferrari chega a Monza em crise, e não terá o apoio da torcida, uma vez que a corrida será realizada com os portões fechados por conta da pandemia.

Por outro lado, algo continua igual: assim como ano passado, Lewis Hamilton chega a Monza com ampla vantagem no campeonato. Depois de apenas sete corridas, ele já abriu 47 pontos de vantagem para o segundo colocado, Max Verstappen, da Red Bull. Mas a equipe anglo-austríaca acredita que a proibição do chamado "modo festa" (conjunto de configurações que permite o rendimento máximo do motor em momentos pontuais), que começa a valer neste final de semana, pode diminuir a vantagem da Mercedes daqui em diante.

Como acompanhar o GP da Itália:

Sexta-feira, 4 de setembro

Treino livre 1, das 6h às 7h30: SporTV2

Treino livre 2, das 10h às 11h30: SporTV2

Sábado, 5 de setembro

Treino livre 3, das 7h às 8h: SporTV2

Classificação, das 10h às 11h: SporTV2

Domingo, 6 de setembro

Corrida, a partir das 10h10: Globo e BandNewsFM (transmissão começa às 9h30)

Circuito de Monza

Distância: 5.793m

Recorde em classificação: 1min19s119 (Kimi Raikkonen, Ferrari, 2018)

Recorde em corrida: 1min21s046 (Rubens Barrichello, Ferrari, 2004)

Número de voltas: 53

DRS - 2 zonas

Zona 1: após a curva 7

Zona 2: reta dos boxes

Pneus disponíveis: C2 (duros), C3 (médios) e C4 (macios)

Resultado em 2019

Pole position: Charles Leclerc (MON/Ferrari) - 1min19s307

Pódio:

1º Charles Leclerc (MON/Ferrari) 1h15min26s665

2º Valtteri Bottas (FIN/Mercedes) +0s035

3º Lewis Hamilton (ING/Mercedes) +35s199

Características da pista de Monza

É uma das poucas pistas em que os carros atuais ainda não conseguiram estabelecer o recorde de volta mais rápida em corrida. Estas marcas ficaram por anos com os carros da Ferrari de 2004, mas começaram a ser batidas, uma a uma, especialmente com o regulamento de 2017. Mas mesmo as voltas mais velozes da corrida do ano passado (com carros que pulverizaram quase todos os recordes), ficaram a sete décimos do melhor giro dessa configuração de Monza, que ainda é de Rubens Barrichello, justamente em 2004.

Quando o circuito de Monza foi completado, em 1922, ele era apenas o terceiro autódromo permanente no mundo, junto de Brooklands, na Inglaterra, e de Indianápolis, nos Estados Unidos. Havia uma opção de traçado que combinava basicamente o que se usa hoje com um oval, com curvas inclinadas, chamado "anel de velocidade". Isso foi amplamente usado nos anos 20 e 30 e chegou a ser utilizado também na Fórmula 1 em 55, 56, 60 e 61. Parte deste anel ainda existe, mas não é mais utilizado para corridas de carro.

Apesar de ser um circuito em que as ultrapassagens são mais comuns do que na maioria das pistas do campeonato, largar na pole position e pilotar com ar limpo é muito importante. Desde 2000, quando a atual configuração passou a ser usada, o pole position venceu em 15 das 20 provas disputadas. Aliás, o piloto que venceu saindo mais de trás nesta configuração foi Barrichello (ele era quarto no grid em 2002 e quinto em 2009).

Curiosidades sobre o GP da Itália

Barrichello Monza - Divulgação/Brawn GP - Divulgação/Brawn GP
Rubens Barrichello, da equipe Brawn GP, comemora a última vitória do Brasil na F1
Imagem: Divulgação/Brawn GP

Esta será a 70ª vez que Monza vai sediar o GP da Itália, ou seja, é uma corrida que nunca ficou de fora do calendário da Fórmula 1, ainda que, em uma oportunidade (1980) o GP da Itália tenha sido disputado em Imola.

Lewis Hamilton tem a chance de se tornar o maior vencedor da história do GP da Itália. No momento, ele está empatado com Michael Schumacher com cinco vitórias. Todas as conquistas do alemão foram com a Ferrari (1996, 1998, 2000, 2002, 2003 e 2006). Já Hamilton venceu em 2012 com a McLaren e em 2014, 2015, 2017 e 2018 com a Mercedes.

Foi na Itália que o Brasil conquistou sua última vitória na Fórmula 1, em 2009, com Rubens Barrichello de Brawn (equipe que se tornaria a Mercedes a partir do ano seguinte). Barrichello era o único representante brasileiro naquela corrida, mesmo com a temporada tendo começado com três brasileiros no grid: Felipe Massa estava se recuperando do acidente no GP da Hungria e Nelsinho Piquet tinha sido demitido da Renault pouco mais de um mês antes daquela corrida.