Milly Lacombe

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Orgia sem consentimento se chama estupro

Um dos amigos de Robinho resolveu dizer que foi uma orgia o que eles fizeram na Itália. Sugeriu que, como foi uma suruba, então não foi estupro. Vejam: orgia, suruba e qualquer outra aventura sexual pressupõem consentimento.

Orgia é ato em que todos os envolvidos querem estar ali durante todo o tempo. Porque se começa com consentimento mas depois alguém muda de ideia, diz que não quer mais e ainda assim o ato segue então se chama, adivinhem!, isso mesmo: estupro. Todo ato sexual exige consentimento. Sem consentimento não é ato sexual, é estupro.

Ato sexual sem consentimento chama estupro. Ato sexual sem consentimento chama estupro. Ato sexual sem consentimento chama estupro.

Seria bom que isso estivesse estampado em neon nas manchetes, nas ruas, nos bares, nas casas, nos consultórios, nos escritórios.

Quantas provas são necessárias para que chamemos estupro de estupro? Não basta a condenação em três instâncias? Não bastam os áudios revelados na reportagem do UOL? O que mais é preciso acontecer para quem chamem estupro pelo nome?

No caso de João de Deus precisamos de mais de cem ocorrências. No caso de Daniel Alves, a despeito de todas as provas, ainda tem quem diga que não foi nada.

Vamos chamar as coisas pelo nome que elas têm porque só quando encaramos a monstruosidade podemos começar a nos transformar.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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