Nenhum erro de arbitragem justifica o brutal destempero de Luis Castro

O Botafogo ganhava por dois a zero do maior e mais badalado rival, fazendo um jogo até ali impecável, quando Rafael foi expulso por uma falta absolutamente evitável.

O lateral já tinha amarelo e levou o segundo, deixando seu time com dez diante de um Flamengo que pressionava forte em busca do gol.

Na sequência, Luis Castro, treinador do Botafogo, reagiu destemperadamente diante de um erro primário do quarto árbitro, que não entendeu a substituição que ele queria fazer.

Dá para compreender o desespero de Castro diante do erro do quarto árbitro: Botafogo com 10, Flamengo sufocando, a substituição deveria ser urgente e imediata.

O que não dá para entender é o chilique que ele deu quando Edina se aproximou para ver o que estava acontecendo.

A linguagem corporal do treinador à beira do gramado é violenta, desnecessária, agressiva.

Foi expulso e em seguida seu time levou um gol.

O Botafogo se desorganizou e parecia que o empate do Flamengo era uma questão de pouco tempo.

Castro poderia ter colocado o resultado a perder.

Teve a sorte e a competência de ver, das cabines, seu time, muito bem treinado, diga-se, se reencontrar em campo.

O Botafogo é líder com justiça e empolga sua torcida.

Lucas Perri, em fase de excelência, fechou o gol e acabou protagonizando uma das defesas mais espetaculares que já vi na vida.

Tiquinho está fazendo a torcida esquecer a saída precoce de Jefinho. Eduardo tem jogado sobreranemente. Os laterais vão vem na defesa e no apoio. A dupla de zaga é competente. Eis aí um Botafogo que não vemos há um bom tempo.

Mesmo com dez, o time foi capaz de suar sangue e fazer o terceiro gol.

Incrível. Memorável. Uma catarse para o botafoguense e a botafoguense.

Mas seria importante que o Botafogo colocasse a cabeça no lugar.

Erros de arbitragem haverá aos montes até o fim do campeonato.

Reações apaixonadas à beira do gramado são bem-vindas desde que não imprimam linguagem corporal agressiva contra outros - ou outras.