Corinthians, abençoado por uma torcida em transe, sobra e é tetracampeão

O estádio do Corinthians estava quase todo lotado. Única parte esvaziada era a dos ingressos mais caros. Fora ela, tudo tomado.

Muitas crianças, muitas famílias e muita festa.

Em campo, um jogo aberto e aparentemente equilibrado. Mas o olhar mais atento não concordaria com o equilíbrio.

O Corinthians começou esmagando o Inter por sólidos dez minutos e fez um gol que, depois de devidamente celebrado, o VAR disse que não valeu porque viu falta na origem do lance.

Emocionalmente abalado, o time das Brabas desacelerou.

O Inter cresceu no desânimo e nos erros do Corinthians. Fez seu gol, mas não melhorou.

O Corinthians voltou a dominar, mas ainda errando muito. Até que Jaqueline fez um golaço e o time se reencontrou emocionalmente.

A partir daí, sobrou.

Virou com gol de jogada ensaiada e na volta do intervalo ampliou.

A torcida, que nunca parou de gritar, foi outra vez protagonista.

Artur Elias, o treinador multicampeão, já deixa seu nome no corredor da fama do Corinthians.

Há quase dez anos o Corinthians leva a sério o futebol feminino. Chegou a seis finais de brasileiro nos últimos seis anos. Agora é tricampeão consecutivo, erguendo o quarto caneco de sua história.

Estudo recente feito pela empresa de pesquisa YouGov Sport aponta que jovens se interessam mais por esportes femininos do que pelos masculinos. A quantidade de crianças em Itaquera nesse sábado de sol ilustra a pesquisa.

O time do Inter lutou, mas tática e tecnicamente não tinha os recursos do Corinthians. O Inter começa a investir de forma mais pesada nas suas Gurias e, seguindo nessa trilha, é questão de tempo para conquistar títulos.

Por agora, o Corinthians feminino sobra