Topo

Lei em Campo

Na Páscoa, o que a mensagem do papa tem a ver com o esporte? Muito

12/04/2020 11h29

Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail

Email inválido

A imagem do papa Francisco na missa do domingo de Páscoa em uma Basílica de São Pedro vazia é o retrato perfeito da mensagem mais importante que é preciso passar: a hora é de isolamento, fé e solidariedade. Nesses tempos de desesperança, o papa reforça um discurso que o movimento esportivo, enfim, tem praticado.

Na missa, Francisco explicou que não se trata de uma fórmula mágica, que faz desaparecer os problemas, mas é a vitória do amor sobre a raiz do mal, que transforma o mal em bem: "marca exclusiva do poder de Deus".

Acreditando ou não em Deus, o que se espera de todos, sempre, é afeto, amor, empatia e solidariedade, ainda mais em um momento como esse.

Em tempos inimagináveis, de uma pandemia que precisa ser combatida com isolamento social, e que para o esporte no planeta, atletas e entidades têm se mostrado presentes de maneira animadora. Uma onda de solidariedade tomou conta do esporte no mundo.

Clubes brasileiros ofereceram estruturas para atender pacientes com o novo coronavírus.

Na Inglaterra, jogadores de clubes da Premier League, como West Hamilton e Southampton, abriram mão de salário para que todos os funcionários do clube recebam neste momento de crise social.

Ídolos do esporte como Fernando Alonso, Novak Djokovic, Paul Gasol, entre tantos outros, doaram milhões para ajudar a combater a pandemia. Vários pelo Brasil fazem campanha para doação de cestas básicas, que estão sendo doadas para comunidades carentes.

A Premier League separou cerca de 5 bilhões de reais para socorrer pequenos clubes ingleses e ajudar o sistema de saúde do país. A CBF irá pagar salários dos clubes das séries C e D do futebol masculino, e das séries A1 e A2 do feminino.

A Fifa também se manifestou, e doou cerca de 50 milhões de reais para um fundo da Organização Mundial de Saúde que combate a Covid-19.

É o esporte entendendo o papel social que tem.

O esporte sempre foi um catalisador de transformações sociais pelo mundo. Ele ajudou na luta contra o racismo, contra a discriminação aos mais pobres, até na abertura democrática brasileira durante os anos da ditadura.

No mundo, muitos são os exemplos de atletas que entenderam que sua força vai muito além de uma pista ou quadra ou campo e que eles podem ser agentes importantes na construção de uma sociedade melhor, menos excludente e mais humana. Isso vale para esse problema de saúde pública, no qual cuidar de si é cuidar do próximo. Mas vale também para combater todo tipo de preconceito, como homofobia, racismo, misoginia, xenofobia.

Nesse drama mundial, o esporte apareceu.

No domingo de Páscoa, que tem como principal mensagem o renascimento e a importância da fé, o esporte reassume papel social que precisa ter.

E essa é uma vitória gigante sobre a desesperança.

Nos siga nas redes sociais: @leiemcampo