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Julio Gomes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Primeira vez do América na Libertadores acaba mal, mas dá para reverter

Matheusinho tenta jogada diante do adversário do Guarania-PAR em jogo do América-MG pela Libertadores - Fernando Moreno/AGIF
Matheusinho tenta jogada diante do adversário do Guarania-PAR em jogo do América-MG pela Libertadores Imagem: Fernando Moreno/AGIF

23/02/2022 22h17

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O América fez o jogo que tinha que fazer contra o Guaraní paraguaio em sua estreia na Libertadores da América. Teve o controle da bola (o tempo todo acima de 70%), finalizou, atacou pelos lados e mereceu vencer. Cedeu contra ataques, é normal que seja assim, e pagou o preço ao levar um gol aos 46min do segundo tempo.

A má notícia, claro, é a derrota, a necessidade de precisar vencer no Paraguai, quarta que vem, para passar de fase. A boa notícia é que o time do Guaraní não mostrou nada. É uma equipe fraca, que encontrou o gol sabe-se lá como. Aliás, foi a primeira vitória do Guaraní no ano - começou o Paraguaio com um empate e duas derrotas.

No primeiro tempo, o Guaraní não finalizou uma vez sequer ao gol, não passou do meio de campo. O América conseguiu boas triangulações pelos lados, mas insistiu em cruzamentos que não passaram perto de encontrar Wellington Paulista - aquele - dentro da área, enfiado entre zagueiros.

No segundo tempo, o América passou a cruzar bolas pelo chão e a encontrar mais os atacantes, além de ter mais jogadores chegando e chutando na parte frontal da área. No entanto, o Guaraní também melhorou um pouco, levando mais gente à frente nos contra ataques.

Os paraguaios tiveram efetivamente duas chances. Uma chegada pela esquerda, que acabou em um cabeceio na trave. E o contra ataque aos 46min, em que Josué fez o que quis com Éder e chutou - mas a bola só entrou e enganou Jaílson porque tocou no calcanhar de Maidana.

Uma sorte que o América não teve, principalmente quando Juninho fez uma jogada espetacular no primeiro tempo, chapelando o adversário e chutando no travessão. Outras bolas poderiam ter sido melhor aproveitadas, mas o fato é que a dificuldade do América no jogo foi justamente transformar o domínio em finalizações de qualidade. Falta um Ademir, é lógico.

Juninho foi o melhor em campo, um desses volantes que todo mundo quer, com desarme e chegada à frente. Está lá há anos no América, não sei por que nunca despertou interesse de outros times maiores. Hoje, mostrou muita personalidade em um dos jogos grandes da história do clube.

Foi a primeira partida internacional do América em quase 110 anos de existência, um momento único. A torcida saiu chateada do Independência, é normal. Mas ficou claro que o Coelho é bastante melhor do que o Guaraní. Para continuar vivo, precisa ter mais eficiência na semana que vem.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL