Danilo Lavieri

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No Maracanã, despedida de Messi é mais atraente do que seleção brasileira

Fernando Diniz joga hoje (21) a sua última partida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo justamente contra a Argentina. Nessa despedida, o técnico tem uma missão complicadíssima: fazer a seleção brasileira ser mais atraente do que a despedida de Lionel Messi do Maracanã.

No seu tour pelo mundo dando adeus aos principais estádios, o argentino faz o que tem sido chamado de Último Tango no estádio mais famoso do Brasil no mesmo momento em que a seleção vive seus piores dias dos últimos anos.

São duas derrotas seguidas pela primeira vez em Eliminatórias, três jogos seguidos sem vencer e a chance de terminar a rodada fora da zona de classificação. Além disso, o time não terá Neymar, Vini Jr e conta com Endrick, a grande atração do momento, no banco de reservas e atrás até de João Pedro na fila para entrar em campo.

Em uma rápida pesquisa na porta do Maracanã, seria fácil comprovar que praticamente todo mundo que está ali está mais ansioso para ver o melhor jogador do mundo atuando do que para ver o time brasileiro.

Fernando Diniz mostrou nos últimos treinos uma escalação novamente com Bruno Guimarães e André como meio-campistas para enfrentar uma Argentina que nos últimos jogos tem se destacado pelo seu ótimo momento neste setor, especialmente com Enzo Fernandez e De Paul, além, é claro, da liberdade para Messi atuar por onde achar melhor.

Contra a Colômbia, esse sistema funcionou por minutos, mas depois naufragou e trouxe o rival para dentro do campo brasileiro, o que resultou em mais de 20 finalizações e um atropelo. As substituições de Diniz durante os 90 minutos só pioraram a situação.

Para hoje, além de manter o mesmo esquema, o técnico ainda terá o problema de não escalar Vini Jr, machucado, assim como Neymar e Casemiro, que também já não atuaram contra a Colômbia. Ou seja, faltam as principais referências do time em uma equipe que ainda não encontrou seu melhor momento.

Ao mesmo tempo em que vive essa crise, Diniz também sabe que pode fazer suas tentativas sem risco de ser demitido. A CBF aguarda para anunciar Carlo Ancelotti no começo do ano que vem e conta com a sua estreia no meio de 2024.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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