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Danilo Lavieri

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Jorginho desmerece Atlético-GO e esquece da própria carreira ao atacar Abel

Jorginho, técnico do Atlético-GO, durante partida contra o Goiás pela Copa do Brasil - Heber Gomes/AGIF
Jorginho, técnico do Atlético-GO, durante partida contra o Goiás pela Copa do Brasil Imagem: Heber Gomes/AGIF

Colunista do UOL

16/08/2022 17h48

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Em entrevista à ESPN, Jorginho foi extremamente infeliz. O técnico tentou atacar Abel Ferreira e, de uma vez só, esqueceu de sua própria carreira e ainda desmereceu o clube que hoje trabalha, o Atlético-GO, inclusive o elenco.

O comandante falou que "queria ver Abel ser campeão" treinando a equipe goianiense, esquecendo que é este clube que lhe dá condições de estar no mercado hoje, com condições de ir à semifinal da Copa do Brasil e que faz uma campanha histórica na Copa Sul-Americana.

É o mesmo clube que tem uma enorme preocupação em manter as suas obrigações em dia, que se preocupou em construir um estádio e continua investindo em estrutura para que a equipe tenha condições de continuar brigando por coisas maiores do que só fugir do rebaixamento.

Jorginho ainda esqueceu da própria carreira ao falar de Abel. No Flamengo, ele foi eliminado após um empate com o Duque de Caxias no Estadual e saiu demitido por comandar um time inofensivo. Na Ponte Preta, foi rebaixado, assim como no Vasco. No Bahia, teve uma passagem relâmpago que não deixou saudades, assim como no Ceará, onde ele pediu para sair depois de três partidas.

Seu maior título sendo técnico desde 2005 foi um Estadual no Rio de Janeiro. E olha que condições em times maiores não lhe faltaram. Ele ainda esquece que antes de Abel Ferreira ter sucesso no Palmeiras, o técnico era Vanderlei Luxemburgo, que sofreu para acertar uma equipe com quase o mesmo elenco. Será que o português não teve méritos?

No meio de tantas besteiras, Jorginho acertou ao falar que Abel Ferreira tem um péssimo histórico de reclamações com a arbitragem, mas esqueceu de ponderar que o português melhorou bastante neste aspecto desde a chegada.

Por fim, entendo os técnicos se incomodarem com explanações públicas de seus companheiros de profissão sobre erros e acertos no campo tático, apesar de gostar muito de ouvir debates como esse como telespectador.

Cuca não gostou do que Abel fez, Mano Menezes ironizou e Jorginho voltou a atacar o português. Dá para entender os que não gostam, mas não é nenhum absurdo e nem algo exclusivo dos estrangeiros. Mas afinal: o que é pior? Dar palpites táticos ou atacar a pessoa diretamente?

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