Palmeiras deveria se pronunciar sobre torcedor morto na porta do Allianz

Três dias depois do acontecido, o Palmeiras ainda não se manifestou sobre a morte de Dante Luiz Oliveira, de 40 anos, na porta do Allianz Parque, momentos após a final do Mundial de Clubes, contra o Chelsea.

O clube que tem prezado por se aproximar do torcedor e mantém relações estreitas com a Mancha Alviverde não colocou uma linha no Twitter, não soltou uma nota oficial em seu site e parece não se importar com o crime de um dos membros da organizada no entorno de sua casa.

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A questão aqui nem é de apontar o culpado ou apenas de cobrar justiça, mas de mostrar ao seu torcedor que o clube preza por ele, de mostrar o mínimo de compaixão por quem é a razão da existência. Não adianta diminuir o valor do ingresso e fechar os olhos para um episódio triste como esse.

Antes mesmo da morte de Dante, dezenas de casos de violência por parte da Polícia Militar eram relatados por quem circulava nas ruas durante a final contra o Chelsea. Por que só o Allianz sofre com ações como essa em dias de festa? Por que os vídeos mostram policiais ignorando um cidadão caído no chão sem receber assistência?

O tão contestado cerco nas ruas da arena não permitia que torcedores entrassem com geladeiras térmicas, garrafas de vidro e qualquer coisa que pudesse ser perigoso para a segurança da multidão. Mas permitiu que uma arma estivesse por ali e causasse a tragédia.

Por mais que a frieza dos números mostrem que uma ação de controle em multidões pode servir para diminuir os incidentes, é preciso entender que o futebol só tem alma quando o torcedor está junto.

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