Palmeiras não empolga, mas mostra evolução e ganha clássico com merecimento

O Palmeiras deu sinais de evolução na vitória de hoje por 2 a 1 contra o Santos. O futebol apresentado ainda não é o que faz a torcida se empolgar com a briga de taças em 2020, mas foi um sinal positivo necessário depois do deserto de ideias apresentado nos últimos jogos, especialmente contra Goiás e Athletico.

É assim que o time de Palestra Itália vai conseguir diminuir a onda de críticas e não com manifesto publicado ontem, onde a diretoria colocou protestos, reclamações e atos criminosos no mesmo balaio, afirmando, sem nenhuma prova, que tudo aquilo tinha motivação política.

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Quem leu o comunicado, além de não entender para quem era aquela mensagem, ficou com a impressão que era um absurdo criticar o que o Palmeiras produziu até aqui. Quando na verdade não era. Agora, com a segunda vitória contra time de Série A e com o primeiro triunfo em clássico em 2020, o time pode ter mais calma para evoluir.

No jogo desse domingo, o Alviverde foi bem especialmente no primeiro tempo, quando Lucas Lima esboçou algumas boas jogadas e teve lampejos de criatividade. Nos primeiros 45 minutos, a equipe de Vanderlei Luxemburgo conseguiu trocar bons passes, fazer triangulações e teve os melhores momentos do clássico. O gol veio com Luiz Adriano, em pênalti marcado com o auxílio do VAR.

Até mesmo Bruno Henrique, que vinha de apresentações ruins nesta temporada, apareceu bem. Sem a responsabilidade de ser o camisa 10, o meio-campista acabou substituído de maneira inexplicável no intervalo.

O castigo veio rápido, e Ramires, o escolhido de Luxa para o lugar de Bruno Henrique, fez contra. O principal perigo santista vinha com Carlos Sánchez, Soteldo e Marinho e, nas vezes que tiveram sucesso, pararam em Weverton.

Luxemburgo, então, tirou o mais uma vez inoperante Rony, e o Palmeiras voltou a reagir. Willian devolveu a movimentação ao ataque. Em troca de passes dentro da área adversária, o Bigode achou Patrick de Paula com uma bela assistência que recolocou o Alviverde à frente.

E nisso, justiça seja feita, Luxemburgo tem mérito. Há anos as categorias de base do Palmeiras colocam atletas com bom nível, com capacidade para atuar no profissional, mas nenhum treinador tinha dado as mesmas chances até aqui. É esperar para ver se a evolução continua.