Allan Simon

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Liga Forte vai vender Brasileirão em pacotes e gerar sinais de transmissões

A LFU (Liga Forte União) definiu que vai produzir as transmissões de seus jogos no Brasileirão a partir de 2025 e venderá os direitos de transmissão em pacotes que serão negociados com emissoras e plataformas de TV aberta, TV paga e streaming.

A coluna apurou que alguns grupos de mídia já começaram a receber uma apresentação com as regras gerais da concorrência pelos direitos. A LiveMode será a empresa responsável pela venda dos jogos dos times que integram o pacote da LFU como mandantes no Campeonato Brasileiro.

Atualmente, a Liga Forte possui 11 times que jogam a Série A do Brasileirão: Athletico, Atlético-GO, Botafogo, Criciúma, Cruzeiro, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Internacional, Juventude e Vasco. Se essa representação se mantiver em 2025, o grupo terá 209 jogos para dividir entre os pacotes de direitos. Mas isso ainda depende dos acessos e dos rebaixamentos que serão definidos em 2024, último ano do atual contrato de TV com a Globo.

De acordo com as fontes consultadas, o processo de venda dos direitos de transmissão não será feito com o modelo de 'licitação' com envelopes fechados, mas por meio de conversas individuais com as empresas interessadas. É algo semelhante ao ocorrido na negociação dos direitos do Paulistão, que a mesma LiveMode centralizou no atual ciclo, e que hoje tem como detentores Record, YouTube e Warner Bros Discovery.

Os pacotes - e a quantidade deles - ainda não foram totalmente divulgados aos grupos de mídia, mas a coluna apurou com eles alguns pontos principais da formatação: todos terão jogos exclusivos, uma mesma empresa poderá fazer propostas por mais de um pacote e ganhar mais de um pacote também.

No entanto, o modelo de concorrência proposto aos grupos de mídia pela LFU já proíbe de cara o sublicenciamento de jogos de um detentor a outro. Isso significa na prática que uma empresa não poderá fazer parceria com uma concorrente para comprar os jogos da Liga Forte.

Isso barraria, por exemplo, uma união entre Globo e Amazon, como acontece na Copa do Brasil, na qual a emissora compra os direitos e repassa parte dos jogos para a empresa de streaming. Cada uma precisaria competir individualmente por um pacote, sem somar forças.

Essa regra existe, por exemplo, nas disputas por direitos das principais competições de clubes da Conmebol, que é centralizada por outra agência, a FC Diez Media. Fontes do mercado dizem que a proibição do sublicenciamento visa estimular que todos os grupos concorram com propostas individuais maiores.

Assim como acontece no Paulistão, a produção dos sinais será centralizada pelo bloco comercial e com identidade visual padronizada (placares, GCs, vinhetas, etc.).

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O Brasileirão a partir de 2025 já tem uma definição de transmissões dos times da Libra, bloco composto atualmente por Atlético-MG, Bahia, Flamengo, Grêmio, Palmeiras, Red Bull Bragantino, São Paulo e Vitória entre os times da Série A, e que tem ainda o Santos como principal representante lutando pelo acesso para o ano que vem na Série B de 2024.

A Libra negociou seus direitos com a Globo até 2029 por R$ 1,3 bilhão por ano em pagamentos fixos, mais uma remuneração extra de PPV. O Corinthians, que formalmente integra esse bloco, ainda não assinou o contrato e estuda também uma proposta da Brax.

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