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Briga com Luciano: outra vez, Diniz age de modo cruel e hipócrita

Não tenho dúvidas de que Fernando Diniz é um cara bem intencionado. Que se formou psicólogo porque se importa com o bem-estar de seus comandados. Que é um cara legal e preocupado com o lado humano de seus atletas.

Mas precisamos parar de dizer que esse é o seu forte. Ontem, mais uma vez ficou claro que ele não só estoura como fazem tantos outros treinadores. Diniz vai para cima quase na maldade. Chega solando sem piedade.

Já escrevi aqui que nunca superei o episódio dele com Tchê Tchê. E não por ressentimento — honestamente, não tenho memória suficiente para guardar mágoa nem do que fazem comigo, que dirá com pessoas fora do meu círculo social. Não supero porque Tchê Tchê não superou.

Em uma das raras ocasiões em que aceitou falar sobre o episódio "perninha mascaradinho", no PodPah, o jogador disse: "Não foi um negócio saudável para mim. Mano, eu fiquei com muita raiva, uma raiva incontrolável. O cara me conhecia, tinha uma ligação forte. Então acho que foi uma coisa desnecessária".

Luciano também tinha uma ligação com Diniz, pelo tempo juntos no próprio São Paulo. No Morumbis, ontem, o treinador começou a xingá-lo, dizendo que era "muito burro" e terminando com um cruel: "Você acabou pra mim". Isso é duro. Isso extrapola o bate-boca de jogo, ainda mais na relação paternal que costuma existir entre o Professor e seus homens.

A falta de controle era tanta, que, ao ser expulso por Anderson Daronco, Diniz seguiu esbravejando: "Vai me expulsar porque mandei tomar no c*? Eu mando todo mundo tomar no c*! Tá todo mundo mandando todo mundo tomar no c*!"

O comandante do Fluminense desce um degrau a mais do que os outros. Não só pelo descontrole evidente nas suas feições e nos xingamentos — tenho zero moral para criticar alguém que sofre de incontinência facial e gosta de uns bons palavrões. Ele vai além. Ele ofende seus próprios atletas na beira do campo, ele mexe com o emocional dos caras, ele vai para machucar.

"O Diniz veio e, do nada, começou a me xingar. Eu pedi para ele parar, mas ele continuou. Depois disse que nossa amizade tinha acabado. Se ele pensa assim, então, para mim também acabou", declarou Luciano ao SporTV. "Eu jamais xingaria ele à beira do campo. Ele precisa entender que não é mais meu treinador. Ele é um líder e não pode agir assim".

Não pode. Nem como líder, nem como homem. É baixo. É feio. É hipócrita.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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