Palmeirenses não vão a Barueri porque estádio é ruim, não por elitismo
Dizer que a torcida do Palmeiras não vai a Barueri porque se elitizou é bastante temerário.
Primeiro porque a torcida do Palmeiras não se restringe a quem vai ao Allianz Parque. Segundo, porque há uma parte grande das pessoas que vão ao Allianz que não pertence à elite. Nem de longe. Que se vira do avesso para conseguir pagar os preços praticados na arena. E que protesta semanalmente para que deixem de ser tão caros.
Barueri não é só um lugar que fica a 30 quilômetros da Pompeia. Não é só um estádio sem shopping do lado. É um estádio ruim. Mal localizado. Difícil de chegar de carro. Pior ainda de transporte público — ou seja, para a não-elite.
É sujo. Não tem papel nos banheiros e tem teia nas cadeiras imundas.
É chato para entrar e chato para sair. É, enfim, uma experiência desagradável.
Já perdi a conta de quantas vezes ouvi de quem foi pela primeira vez: nunca mais volto lá! Como diz um amigo meu, Barueri só é bom para quem não vai.
Não há dúvida de que o Palmeiras precisa rever sua política de ingressos. É tão caro ver o clube atuar em casa, que quem precisa vai economizar onde der. Vai economizar no jogo de Barueri. Ainda mais no Dia das Mães.
Parece-me natural que haja uma cobrança da torcida que canta e vibra, que quase sempre lota o seu estádio e vem ajudando a empurrar o time da virada rumo a todos os títulos dos últimos anos. Parece-me igualmente injusto chamá-la de elitista por evitar um estádio que não só não é a sua casa, como é uma droga.
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Opinião
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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.
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