Alicia Klein

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É exagero dizer que Arrascaeta é o melhor jogador do Brasil?

Talvez seja necessário começar este texto confessando que não sou uma pessoa comedida — como alguns já devem ter notado. Me empolgo e perco a empolgação com a mesma velocidade que meu filho pula na cama às dez da noite.

Mas é difícil não se empolgar com Giorgian De Arrascaeta. E o homem estava inspirado ontem no Maracanã, na vitória do Flamengo por 4 a 0 sobre o modesto Boavista-RJ.

Ah, era o Boavista. Aí qualquer um brilha.

Bom, Pedro até fez um, mas perdeu pelo menos quatro chances claras, além de um pênalti, e saiu de campo (injustamente) vaiado. Gabigol, seu substituto, desperdiçou mais algumas oportunidades e saiu de campo zerado.

Enquanto isso, Arrascaeta criava oportunidades e concluía ele mesmo. Tomava decisões que só craques tomam, como bater de sem-pulo ou tentar um passe de letra inesperado. Batia na bola com a habilidade de poucos. Marcava dois belos gols, levando sentido a uma partida que valia quase nada.

Segue de pé a lógica de que não dá para medir qualidade pela régua dos estaduais. A qualidade de Arrascaeta, contudo, vem sendo medida há tempos. E ela é de uma grandeza ímpar, daquelas que desequilibra e faz a diferença mesmo no mais caro e estrelado elenco do país.

Em 2021, escrevi uma coluna intitulada "O Flamengo sem Arrascaeta é um time normal?". Quiçá tenha sido outro de meus arroubos. Sim, houve lesões e más fases. Por um breve momento, houve Suárez no Grêmio. Ainda há o absurdo Endrick no Palmeiras, destinado a um futuro maior que todos eles.

Não me importo. Pode não ser o tempo todo, mas quando brilha, Arrascaeta é o cara que mais dá gosto ver jogar no Brasil.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.