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Com 9 em campo e apagão de Weverton, Corinthians empata jogo perdido

Ah, o futebol.

O placar de 2 a 2 não ilustra o que foi o domínio palmeirense em Barueri. No 3-5-2 com três volantes no meio, o time se mostrou superior em todos os setores do campo, numérica e tecnicamente. Nem a substituição forçada de Gustavo Gómez por Naves diminuiu a segurança defensiva alviverde.

O Corinthians não conseguia ficar com a bola. Cedia espaços por todos os lados. Errava passes demais. Os entrosados Flaco López e Endrick encontravam uma avenida pelo lado direito. Aos 43, o inspirado Marcos Rocha tocou para a Cria, que deixou Fausto Vera a ver navios. Um a zero, primeiro gol em Dérbi do futuro companheiro de Mbappé.

Logo aos 4 da etapa final, Rocha recebeu de Endrick e deu um belíssimo tapa no canto esquerdo de Cássio. Mesmo anulado por impedimento, o gol deixou claro que o domínio continuava.

A equipe de Abel Ferreira tocava a bola com tranquilidade até dentro da área corinthiana. Raniele perdido, Gustavo Henrique sem saber o que fazer com Endrick.

Aos 15, António Oliveira já tinha trocado Fagner, Wesley e Romero pelos estreantes Matheus França, Pedro Henrique e também Gustavo Mosquito.

Mesmo sem um meia de criação, com o corte de Veiga no aquecimento, não faltaram oportunidades ao Palmeiras. A bola chegava ao ataque toda hora, por vezes diretamente de Weverton. Em uma delas, aos 23, Piquerez bateu escanteio e López subiu forte para marcar seu sexto gol em seis jogos. Assim como Endrick, o argentino se emocionou muito.

As trocas no Corinthians começaram a surtir efeito, somadas às saídas de López, Zé Rafael, Ríos e Endrick. Aos 42, Mosquito cruzou da linha de fundo para Yuri Alberto marcar.

Não deu tempo de a esperança alvinegra florescer. Um minuto depois, Rony escapou sozinho e acabou parado por Cássio, imediatamente expulso por Raphael Claus.

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O zagueiro Gustavo Henrique assumiu as luvas, foi para debaixo da meta e respirou aliviado ao ver Piquerez bater a falta para fora.

Quando a fase é ruim, nem a sorte dá trégua. Pouco antes do fim, Yuri Alberto sofreu falta dura de Murilo e saiu de maca, sofrendo bastante com dores na costela.

E foi aí que veio o futebol. O improvável. O inacreditável. Aos 55, com nove em campo e sem goleiro, o Corinthians conseguiu uma falta perigosa. Garro bateu, Weverton achou que a bola ia para fora, tirou a mão e a redonda entrou. Empate explosivo.

No frigir dos ovos, o Palmeiras ainda é líder e o Corinthians ainda é uma incógnita.

Para Abel, vai ser difícil tirar Rocha e Aníbal Moreno do time titular.

Para António, vai ser difícil montar um time titular. Mas tudo fica mais fácil com moral.

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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