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Vencer o quase rebaixado Coritiba é motivo para o Palmeiras se animar?

O Coritiba tem 0,7% de chance de ficar na série A. É o pior mandante do campeonato, com a pior campanha do returno. Soma 5 vitórias, 5 empates e 18 derrotas. Marcou 29 gols e sofreu impressionantes 59 (com os 7 que tomou ontem, o Santos quase alcançou os tentos sofridos do Coxa).

Então: vencer um adversário nessa situação pode ser considerado indicativo de melhora, de fim de má fase, de sai zica?

Sim e não.

Dificilmente um único jogo exerce esse papel. Nem mesmo um 7 a 1.

O resultado, porém, encerra uma sequência de quatro derrotas consecutivas no Brasileiro (duas delas em casa), além da melancólica eliminação nas semis da Libertadores.

Já o desempenho começa a mostrar avanços de uma formação que, dentro das limitações autoimpostas pela falta de contratações (e o azar das graves lesões de Dudu e Menino), pode ser uma solução até o final do ano.

Os três zagueiros não conseguiram evitar a pressão inicial do Coritiba, inclusive as várias finalizações que culminaram no gol em impedimento do Coxa, logo aos 7 minutos.

Mas Luan entrou bem, atuando quase como um primeiro volante. Seus números, segundo o SofaScore Brazil: 3 cortes (1 em cima da linha), 3 chutes bloqueados (1º do jogo), 4 bolas recuperadas, 3/5 duelos ganhos, 2/3 dribles certos e 6/10 bolas longas certas.

Alternativa mais óbvia para substituir Menino, Ríos segue não fluindo (perdoem o trocadilho, foi de propósito). Breno Lopes flutuando e López fixo na área apresentaram algum perigo, embora ambos os gols tenham vindo do setor defensivo.

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No primeiro, a retomada importantíssima de uma arma fundamental do arsenal palmeirense: o gol de escanteio. Veiga levantou para Gustavo Gómez cabecear e abrir o placar. No segundo, Piquerez mandou uma belíssima bola de fora da área e fechou a conta.

Quer dizer que dá para brigar pelo título? Não. Se não bastassem os 12 pontos em relação ao Botafogo, há pelo caminho Red Bull Bragantino (com apenas 4 derrotas em 28J) e Flamengo (minimamente organizado por Tite).

Ficar no G4 e se organizar para começar 2024 com o moral em dia já está de bom tamanho, a essa altura do campeonato.

(Vencer o rival e pedra no sapato São Paulo, na quarta-feira, certamente ajudará ambos os objetivos.)

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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