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Alicia Klein

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Menino ressuscita e, no modo atropelo, Palmeiras leva 8º título da era Abel

09/04/2023 17h56

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Houve quem temesse um repeteco de 1986. Mas o repeteco que veio foi de 2022: Palmeiras 4 x 0.

Teve Gabriel Menino ressuscitando no domingo de Páscoa. Teve Dudu em tarde de Dudu inspirado em final. Teve Endrick desencantado.

Mesmo sem Piquerez e com Veiga (maior artilheiro de finais) sentindo a coxa, o Palmeiras ligou o modo atropelo e passou por cima do valente Água Santa ainda na primeira etapa.

Já aos 15 do primeiro tempo, antes que fosse possível cornetar Gabriel Menino pela falta mal batida, ele mesmo pegou o rebote e meteu a bola no cantinho de Ygor Vinhas. Também foi de Menino o segundo, depois de uma jogada genial de Dudu.

A primeira etapa ainda teve um gol de Endrick e uma confusão generalizada, daquelas de dar vergonha do futebol brasileiro. Dudu tomou amarelo e Willian Guimarães, o vermelho.

López deixou o seu aos 27 do segundo e selou a goleada.

Palmeiras bicampeão paulista pela primeira vez desde 1993-94. De quebra, Abel Ferreira igualou o número de títulos de Vanderlei Luxemburgo e Gustavo Gómez se tornou o estrangeiro mais vencedor da história do Alviverde.

Assim como fez contra o São Paulo em 2022, o Palmeiras mostrou que, focado, é um time muito difícil de derrubar. E os comandados de Abel Ferreira dificilmente perdem o foco por mais de uma ou duas partidas.

Ah, mas foi o Água Santa. Foi o Água Santa porque Santos, São Paulo e Corinthians não conseguiram chegar.

Aliás, que campanha histórica. Em quatro participações na primeira divisão paulista, o Netuno foi rebaixado duas vezes, terminou em 11º lugar e chegou a uma final. Impressionante.

Creditar o sucesso da equipe de Thiago Carpini apenas à marcação pesada é uma avaliação reducionista. O Água Santa bate muito, no adversário inclusive, mas quando bate na bola leva bastante perigo. Essa foi apenas a quarta derrota do time no campeonato.

Os méritos do clube de Diadema, especialmente por conta de suas limitações financeiras, são inegáveis.

O problema é que no meio do caminho tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho. Uma pedra chamada Palmeiras, que se recusa a deixar a chuteira dos rivais.

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