Retrospectiva 2022 de quem não lembra de ontem, que dirá de janeiro

Nunca é fácil fazer uma retrospectiva do ano, até porque elas necessariamente acontecem no momento mais cansativo do ano, quando a gente não aguenta mais o ano e só quer um pouco de paz antes que o novo ano comece.

Eu mal consigo lembrar do meu CPF, dos boletos e de tirar a roupa da máquina nessa época do ano, que dirá do que aconteceu em janeiro, aproximadamente um século atrás.

Relacionadas

Diversidade no governo e na mídia esportiva: incomodar para não acomodar

Com 15º título do ano, Palestrinas coroam círculo virtuoso do Palmeiras

Sucesso de Scaloni na Argentina abre as portas para Diniz na Seleção?

Mas vou fazer uma pequena pausa nessa coluna para reabastecer as energias (risos, como se quem tem filho descansasse nas férias) e parece apropriado tentar rememorar o que passou.

Sei que esse ano teve uma Copa do Mundo histórica, para o bem (Marrocos) e para o mal (Qatar). Teve arbitragem, narradoras e comentaristas femininas pela primeira vez. Teve decepção da Seleção. Não pela primeira vez.

Teve mais mulher em posições de poder, ainda que sigamos sendo poucas, muito poucas. Teve a gente na certeza de que não falta qualidade: falta oportunidade.

Teve domínio absoluto de Flamengo e Palmeiras, de novo.

Teve vacina para o meu filho. Pouca coisa importa mais do que isso.

Teve eleição. E isso importa mais que muita coisa.

Teve o Hamilton virando brasileiro. Teve o malinha do Verstappen virando campeão.

Teve o futebol feminino crescendo e se preparando para a Copa do Mundo, que chega jajá, no tal ano que vem.

E nesse ano que vem, que chega jajá, vai ter mais coisa boa. Precisa ter. Para a gente seguir tendo esperança e coisa bacana para lembrar quando o fim dele chegar.

Feliz Festas para quem é de festas. Oxalá que ele venha com alguma chance de descanso para vocês também.