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Lula responsabiliza Bolsonaro por morte de petista: 'Ele é o ódio'

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em São Paulo

27/07/2022 11h47Atualizada em 27/07/2022 13h24

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, durante o UOL Entrevista, que os discursos do presidente Jair Bolsonaro (PL) instigam a violência e que, por isso, ele tem responsabilidade no assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda, durante uma festa temática do PT, em Foz do Iguaçu (PR), no início de julho.

O guarda foi morto a tiros pelo agente penitenciário bolsonarista Jorge José da Rocha Guaranho. "Ele tem responsabilidade, porque é ele quem está instigando no discurso dele, nas lives dele, no chiqueirinho que ele fala todo dia", afirmou Lula.

O petista, que disputa a Presidência da República pela sexta vez, disse que Bolsonaro "é o ódio contra o bom senso" e que nunca vivenciou um período de campanha tão violento quanto agora. "Eu nunca vi a ignorância e a violência que eu estou vendo hoje neste país", disse.

Questionado se teme um atentado, Lula disse que tem "fé em Deus" e que não acredita que isso ocorrerá. "Tenho certeza de que não vai acontecer atentado. Mas ele tem uma turma violenta, do mal, que quebra placa da Marielle [Franco] e Marcelo foi vítima disso, de ódio", afirmou.

Agentes da Polícia Federal vão participar da equipe de segurança de Lula durante toda a campanha. A situação do ex-presidente é considerada de risco máximo pelo órgão.

Também mencionou o uso das cores da bandeira nacional na campanha bolsonarista. "A gente não pode permitir que símbolos nacionais sejam tomados por ele. Verde e amarelo são do Brasil, não do Bolsonaro. A gente não pode ter vergonha de usar verde e amarelo. Devia ser proibido usar camisa da seleção com fim político. É muito falso. Olha o Bolsonaro falando de Deus. É visível que ele não acredita em Deus, se acreditasse, não falava o nome de Deus em vão."

Veja abaixo a entrevista completa de Lula ao UOL: