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PL vai autorizar entrada sem ingresso em convenção de Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, em Brasília  - Adriano Machado/Reuters
O presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, em Brasília Imagem: Adriano Machado/Reuters

Do UOL*, em São Paulo

20/07/2022 20h33

O PL (Partido Liberal) decidiu autorizar a entrada sem ingresso na convenção do partido que vai oficializar a candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição. A decisão foi tomada após o partido precisar cancelar cerca de 40 mil das 50 mil inscrições por opositores articularem um boicote ao evento.

"Todos que forem ao lançamento da candidatura de Bolsonaro poderão entrar no ginásio mesmo sem o ingresso, até que se atinja lotação máxima", diz o comunicado.

Em publicação nas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) pediu que os apoiadores do pai "chegue cedo". Aqueles que não puderem entrar vão acompanhar o evento, que acontecerá no próximo domingo (24) no Rio de Janeiro, por um telão.

Na tarde de hoje, o presidente ironizou que "militantes e parlamentares de esquerda" estejam adquirindo ingressos com o objetivo de esvaziar a convenção do PL. Algumas pessoas reservaram ingressos sem a intenção de comparecer ao evento.

A ideia de boicote foi inspirada em movimento semelhante feito no lançamento da candidatura à reeleição do ex-presidente americano Donald Trump.

Por conta do movimento, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) enviou uma representação à Polícia Federal pedindo que seja investigada suposta sabotagem ao evento. Segundo a parlamentar, perfis que estavam incentivando o boicote teriam divulgado sites que criam e-mails e números de CPF falsos em grande quantidade.

"A incitação realizada configura crime eleitoral que conforme o artigo 353 do Código Eleitoral que determina que 'fazer uso de qualquer dos documentos falsificados ou alterados, a que se referem os artigos. 348 a 352'. Ambos os artigos citados tipificam o crime de falsificação para fins eleitorais, e podem ser punidos com pena de multa e reclusão", argumenta Zambelli sem divulgar provas das alegações.

O UOL entrou em contato com a PF e aguarda retorno.

* Com informações de Estadão Conteúdo