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Oyama: Guedes entende que é preciso arrombar os cofres e centrão comemora

05/07/2022 10h53

Depois de criticar a PEC Kamikaze, o ministro da economia, Paulo Guedes, abriu mão de enfrentá-la. Thaís Oyama, colunista do UOL, destacou que o centrão foi responsável por convencer o governo federal a apoiar o projeto.

"O centrão está comemorando o fato de Paulo Guedes ter definitivamente jogado a toalha. O Ciro Nogueira ficou insistindo que era preciso abrir mão do liberalismo por 4 meses para que o governo não matasse o liberalismo por 4 anos. Ou seja, é preciso arrombar cofres, o ajuste fiscal e o teto de gastos, porque, na opinião dele, se Lula ganha eleição, vai destruir o liberalismo. Foi com esse discurso que o centrão venceu Guedes e aprovou PEC Kamikaze", contou Oyama no O Radar das Eleições, nesta terça-feira (5).

Ainda de acordo com a colunista, o centrão tem duas metas antes de focar na eleição de 2022.

"A meta do centrão é aprovar PEC Kamikaze até 17 de julho, antes do recesso, e adiar CPI do MEC para depois das eleições. Feito isso, dizem que é só conseguir o povo para votar no Bolsonaro", completou Oyama.

Mas a confiança do centrão na reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) está em baixa, segundo ela. "O entorno da campanha e o núcleo politico não estão confiando na vitória do Bolsonaro. E não estão resignados. Já estão olhando para frente. O centrão não vai ficar chorando leite derramado e está olhando para frente. A confiança na vitória do presidente está longe de ser firme".