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MBL processa Juliette e Lula e alega campanha antecipada em Pernambuco

Juliette em show de São João - Reprodução/Instagram @emanueltadeu_
Juliette em show de São João Imagem: Reprodução/Instagram @emanueltadeu_

Do UOL, em São Paulo

05/07/2022 16h50Atualizada em 05/07/2022 17h26

Os integrantes do MBL (Movimento Brasil Livre) Rubinho Nunes (União Brasil), pré-candidato a deputado federal e atualmente vereador por São Paulo, e Guto Zacarias (União Brasil), pré-candidato a deputado estadual também por São Paulo, protocolaram uma representação no MPE (Ministério Público Eleitoral) contra a vencedora do BBB 21, Juliette, e o ex-presidente Lula, por suposta campanha antecipada.

Segundo os denunciantes, a ex-BBB exaltou Lula durante show na cidade de Caruaru, Agreste Pernambucano. No último sábado (2), Juliette cantou na festa de São João de Caruaru, tradicional festa junina.

Durante seu show, o público entoou gritos de apoio ao ex-presidente, ao que a cantora respondeu com incentivo para que o público continuasse. "Tô ouvindo muito não", ela disse, enquanto o povo cantava a tradicional música de campanha do petista "Olê olê olê olá, Lula, Lula".

Pelas redes sociais, Rubinho anunciou a decisão de processá-la, relativizou o papel artístico dela e chamou Lula de "bandido".

A postagem causou repercussão negativa entre fãs dela e entre políticos à esquerda, que criticaram o entendimento de que o show de Juliette teria sido "Showmício". Com isso, Rubinho seguiu publicando provocações aos críticos e à cantora. Ele comparou sua referida economia de mandato com referências a ela e a Felipe Neto, que havia provocado o parlamentar pedindo para que ele avisasse quando fosse derrotado, pois "o Brasil tá precisando dar risada da cara de pessoas como você".

O desrespeito à lei eleitoral referida pelos integrantes do MBL, pode gerar multa que varia entre R$ 5 mil e R$ 25 mil. Ano passado, o Supremo Tribunal Federal decidiu manter proibido que artistas participem de comícios e reuniões de candidatos, nos chamados "showmícios". A proibição era de 2006 e foi mantida, apesar de reclamação dos partidos PT, PSB e PSOL, feitas em 2018.

A maioria dos ministros liberou que artistas fizessem eventos de arrecadação de fundos para as campanhas eleitorais, o que é diferente de um showmício.

A polêmica vem sendo grande durante este ano. Em outra ocasião, o vereador Fernando Holliday (Novo), entrou também com uma ação contra Ludmilla, novamente por suposta campanha antecipada para Lula. O Ministério Público se mostrou favorável ao vereador, mas a ação ainda tramita na Justiça.

O UOL procurou a assessoria de Juliette e do ex-presidente Lula, mas até o momento não obteve retornos.