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Fachin, após Bolsonaro questionar urnas: É atentar contra Justiça Eleitoral

Fachin disse que um ataque ao sistema eleitoral é um ataque à própria democracia - Felipe Sampaio/STF
Fachin disse que um ataque ao sistema eleitoral é um ataque à própria democracia Imagem: Felipe Sampaio/STF

Do UOL, em São Paulo

02/06/2022 11h50

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, disse hoje em discurso que levantar dúvidas quanto à segurança das eleições é "atentar contra Justiça Eleitoral". O ministro não mencionou o nome do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), mas há dois dias o político voltou a dizer que não confia nas urnas eletrônicas, como costuma fazer.

"Assacar inverdades, disseminar desinformação, criar celeumas fictícias, fermentar dúvidas infundadas contra o sistema eletrônico de votação - em vigor há 26 anos no país, sem qualquer indício de fraude comprovado - significa atentar contra a atuação escorreita da Justiça Eleitoral", disse Fachin. "Significa, e digamos com todas as letras, atentar contra a própria democracia", completou.

Na segunda-feira (30), a Comissão Avaliadora do TPS (Teste Público de Segurança) afirmou em relatório final encaminhado ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que os resultados dos testes conduzidos nas urnas eletrônicas demonstram a "maturidade" do sistema eleitoral.

A fala de Fachin aconteceu na abertura da sessão plenária do TSE de hoje, enquanto falava sobre as missões de observação eleitoral que vão acompanhar o pleito no Brasil. Este ano, além dos órgãos externos, instituições brasileiras também foram convidadas a observar as eleições.

Segundo o presidente do TSE, por enquanto há seis instituições e organismos internacionais confirmados para realizar a observação, número recorde. Fachin aproveitou para pedir que mais entidades brasileiras se cadastrem:

"Termino este breve registro fazendo, em nome da Justiça Eleitoral, um apelo, quiçá uma verdadeira convocação às entidades, organizações da sociedade civil, instituições acadêmicas de ensino superior, públicas ou privadas, e institutos que pesquisam a temática eleitoral para que se credenciem para Missões de Observação Eleitoral Nacional nas Eleições Gerais de 2022 até o prazo devido".