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'Generais não são solução, mas parte do problema do Brasil', diz Weintraub

Abraham Weintraub disse que os generais do Exército "são parte do problema do Brasil" - Walterson Rosa/Ministério da Educação
Abraham Weintraub disse que os generais do Exército "são parte do problema do Brasil" Imagem: Walterson Rosa/Ministério da Educação

Colaboração para o UOL, em Maceió

30/05/2022 17h06

Ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro (PL) e pré-candidato ao governo de São Paulo, Abraham Weintraub (PMB) afirmou que os generais do Exército "não vão salvar o Brasil", pois, pelo contrário, eles "são parte do problema".

Em entrevista ao SBT News, Weintraub criticou o setor público, classificado por ele como "podre", e ressaltou que, de sua experiência diária com generais que integram o "mecanismo", chegou a conclusão de que os militares constituem parcela significativa da problemática que assola o país.

"Brasília é imunda. O setor público é podre. E uma coisa que eu posso falar é o seguinte: os generais do Exército não são solução. Existem generais bons, mas eu tive contato com generais que fazem parte do mecanismo e eles não vão salvar o Brasil. Eles são parte do problema", declarou.

Abraham Weintraub deixou a gestão Jair Bolsonaro em 2020, quando foi destituído do comando do MEC, pouco tempo depois de defender a prisão de integrantes do STF (Supremo Tribunal Federal). Atualmente, ele mora nos Estados Unidos, mas deve retornar ao Brasil para disputar o governo de São Paulo.

Nos últimos meses, Weintraub passou a criticar Jair Bolsonaro e a aliança formada pelo presidente com os políticos de Centrão. Recentemente, ele expôs mágoa do mandatário e afirmou que foi trocado "pela aliança" entre o Centrão e os generais do Exército.

Durante sabatina promovida pelo UOL/Folha com os pré-candidatos ao governo de SP, o ex-chefe do MEC disse que o governo se tornou "refém" da velha política.

Na semana passada, Abraham, ao avaliar a disputa presidencial no pleito deste ano, afirmou que o cenário econômico deve piorar nos próximos meses e, com isso, Bolsonaro não irá se reeleger.