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Deputado aciona comissão contra ministra por propaganda com Michelle

Ivan Valente aciona Comissão de Ética contra ministra - Reprodução/TV Brasil
Ivan Valente aciona Comissão de Ética contra ministra Imagem: Reprodução/TV Brasil

Do UOL, em São Paulo

11/05/2022 15h21

O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) acionou a Comissão de Ética contra a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Rodrigues Britto.

No último domingo, a ministra apareceu em cadeia nacional ao lado da primeira-dama Michelle participou para divulgar ações do governo voltadas às mulheres. Elas ficaram cerca de quatro minutos no ar. O parlamentar, no entanto, acusa a ministra de promover propaganda eleitoral gratuita.

"Cumpre destacar que a formação de Rede Nacional de Rádio Televisão é o meio utilizado para atender à solicitação de transmissão de pronunciamentos dos chefes dos três Poderes da República e eventualmente para transmissão de comunicados de ministros de Estado em temas de relevância e interesse nacionais", diz trecho da representação

A Ministra da Mulher da Família e dos Direitos Humanos pautou-se em lançar mão do cargo que ocupa para ceder ardilosamente espaço para Michelle Bolsonaro, para realizar composição de estratégia eleitoral, com objetivo e melhorar a imagem desgastada do Presidente junto ao eleitorado feminino. Trecho do documento

No início da semana, o PT entrou com uma ação no TSE, desta vez contra Michelle e o presidente Jair Bolsonaro (PL). A legenda acusa Bolsonaro de usar a máquina pública para posicionar a imagem de Michelle e conquistar eleitores.

Os advogados que assinam a representação defendem que o pronunciamento não se tratou de uma propaganda institucional, em razão da suposta existência de um "desvirtuamento da comunicação de atos do governo federal para o campo político-eleitoral".

O ministro do TSE Raul Araújo foi sorteado para será o relator da ação movida pelo PT.

Em março, Araújo concedeu uma liminar a pedido do PL (Partido Liberal), mesma sigla do presidente, proibindo manifestações políticas no festival de música Lollapalooza em São Paulo. Na ocasião, ele estipulou multas de 50 mil reais no caso de novas manifestações. Pouco tempo depois, revogou a liminar.