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Eunício é contra fundo partidário para Tebet: 'Candidatura sem viabilidade'

"Não estou contra ninguém, estou pensando na preservação partidária", disse o cacique do MDB - José Cruz/Agência Brasil
"Não estou contra ninguém, estou pensando na preservação partidária", disse o cacique do MDB Imagem: José Cruz/Agência Brasil

Colaboração para o UOL

05/05/2022 14h36Atualizada em 05/05/2022 14h58

O ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE) se posicionou contra a sigla disponibilizar seus recursos do fundo partidário a uma candidatura da senadora Simone Tebet (MS) à Presidência.

"Vamos colocar o dinheiro do fundo eleitoral (R$ 417 milhões) para ter 0,5% dos votos, uma candidatura que não tem viabilidade? Vai acabar com a bancada do MDB, virar um nanico", disse, em entrevista à Coluna do Estadão.

Pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, contratada pela corretora BGC Liquidez e divulgada ontem, mostra Tebet com apenas 0,7% dos votos.

"Não estou contra ninguém, estou pensando na preservação partidária. Não existindo candidatura própria, muitos de nós têm afinidade com [o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva] Lula, porque nosso partido nunca foi de direita. Os direitistas deveriam sair do MDB. Como democrata, eu respeito até os fascistas que possam estar dentro do MDB, mas não são emedebistas raiz", acrescentou Eunício.

Candidatura de Tebet é insanidade, diz Calheiros

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) classificou como uma "insanidade" a insistência de seu partido em manter a candidatura da senadora Simone Tebet à Presidência da República, em meio à polarização entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de quem ele é simpatizante para retornar ao Palácio do Planalto, e o atual chefe do Executivo Federal, Jair Bolsonaro (PL).

Em entrevista à revista Veja, o político alagoano afirmou que insistir na candidatura de Tebet pode fazer com que o MDB saia "menor" das urnas ao repetir o fiasco das eleições de 2018, quando o então candidato do partido, Henrique Meirelles, somou pouco mais de 1% dos votos válidos.

"É uma insanidade você querer, num quadro de polarização desse, manter uma candidatura com 1% dos votos, repetindo o que aconteceu com a candidatura do Meirelles. Repetir o que aconteceu com Meirelles deixa a gente, assim, meio reles", declarou.