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Doria diz que PSDB trocar pré-candidato seria 'golpe' e antidemocrático

27.mar.22 - O governador de São Paulo e presidenciável do PSDB, João Doria, em evento sobre a vacinação - Governo de São Paulo
27.mar.22 - O governador de São Paulo e presidenciável do PSDB, João Doria, em evento sobre a vacinação Imagem: Governo de São Paulo

Do UOL, em São Paulo

27/03/2022 14h54

O pré-candidato à Presidência pelo PSDB e governador de São Paulo, João Doria, afirmou hoje que trocar o representante do partido na corrida eleitoral deste ano seria um golpe e ato contra a democracia.

"As prévias [eleitorais da sigla] valem. Qualquer outro sentimento diferente disso é golpe. Uma tentativa torpe, vil, de corroer a democracia e fragilizar o PSDB", disse o governador hoje em coletiva de imprensa.

Doria pediu que a decisão do partido seja respeitada. "As prévias foram realizadas durante três meses em todo o Brasil, 44 mil eleitores do PSDB votaram. Houve a homologação, um ato celebrado em Brasília com os três candidatos que disputaram, o senador Arthur Virgílio, o governador Eduardo Leite e eu, com a presença do presidente nacional do PSDB", disse.

O presidenciável rebateu informações de bastidores que apontariam para um desejo do partido de colocar Leite como o nome do PSDB para enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (PL), nas urnas.

Desde o início de sua pré-candidatura, Doria tenta se consolidar como o candidato da chamada terceira via, que quer captar eleitores insatisfeitos com o candidato petista e o atual presidente da República.

Com o governador de São Paulo vencendo as prévias do partido, o PSDB arrisca, no entanto, perder Leite para outra sigla. O líder do Rio Grande do Sul havia sido convidado a integrar o PSD para poder concorrer à Presidência.

Leite indicou que deve continuar no PSDB, mas deve deixar o cargo de governador amanhã (28).

Nas pesquisas eleitorais, Doria não tem números tão fortes como outros candidatos que desejam representar a terceira via, como Sergio Moro (Podemos) ou Ciro Gomes (PDT), que tendem a ir melhor nas simulações de votos.