Topo

'Temos que ser fiéis a Bolsonaro, fazer tudo que ele pede', diz Costa Neto

Valdemar Costa Neto, presidente do PL com Bolsonaro                               - Divulgação
Valdemar Costa Neto, presidente do PL com Bolsonaro Imagem: Divulgação

Rafael Neves

Do UOL, em Brasília

15/03/2022 20h18

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, cobrou fidelidade ao presidente Jair Bolsonaro (PL) aos mais de 20 pré-candidatos que se filiaram hoje à legenda, em Brasília. A fala ocorreu em discurso do comandante da sigla aos novos membros, grupo que inclui parlamentares e personalidades bolsonaristas de fora da política.

"O eleitor do Bolsonaro é fiel e, aconteça o acontecer, o resultado vai vir. Por isso nós temos que ser fiéis ao Bolsonaro, fazer tudo que ele pede, tudo que ele precisa", disse Costa Neto durante a filiação. O presidente comemorou o crescimento da sigla, que deve ultrapassar a marca de 60 deputados ao final da janela partidária, em abril. "Nunca pensei que nós íamos chegar ao número que estamos chegando", afirmou.

O evento de filiação de hoje foi centralizado na criação de uma frente parlamentar de 27 candidatos a deputado federal, um em cada estado, que têm potencial de atrair votos à legenda. O grupo está sendo formado com base nos quesitos de popularidade e, principalmente, de lealdade a Bolsonaro. A ideia é evitar "traições" ao longo do mandato, segundo os bolsonaristas.

A idealizadora do grupo, Carla Zambelli (PL-SP), afirmou que esta lista de 27 postulantes à Câmara ainda não está completa, e cerca de dez potenciais candidatos foram descartados por falta de garantias de que não abandonarão Bolsonaro nos próximos anos, segundo ela. Até o momento, 22 nomes estão confirmados.

"A gente está terminando de fechar a lista porque estamos peneirando bastante estes nomes. O nome da frente é lealdade acima de tudo. Então a gente está vendo se as pessoas apoiam o presidente desde a campanha de 2018, tomando todos estes cuidados", disse.

Em sua fala aos novos filiados, Costa Neto enalteceu Bolsonaro e citou o fato de ambos terem sido contemporâneos no Congresso. "Eu fico pensando na sorte que nós tivemos de poder recebê-lo nesse partido. Eu passei 30 anos no Congresso, cheguei junto com o Bolsonaro, em 1991", relembrou.