Topo

Moro responde Lula e diz que Petrobras ainda existe graças a Lava Jato

Do UOL, em São Paulo

10/03/2022 16h14

O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (Podemos) rebateu fala do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e disse que a Petrobras só existe graças à Lava Jato, operação anticorrupção que prendeu políticos, dentre eles, o próprio petista. Agora, ambos são pré-candidatos às eleições presidenciais, que serão realizadas em outubro.

Sabe por que a Petrobras ainda existe, Lula? Porque a Lava Jato impediu que o governo do PT continuasse saqueando e desviando recursos da maior estatal do Brasil. Se não fosse o nosso trabalho, talvez a Petrobras nem existisse mais. Felizmente, mudamos o rumo dessa história. Sergio Moro, em seu perfil no Twitter

A publicação de Moro é uma reação à fala de Lula, feita mais cedo, que criticou o reajuste nos preços da gasolina, diesel e GLP, o gás de cozinha e deu como justificativa a privatização da BR Distribuidora, ocorrida em junho do ano passado. O aumento vale para as distribuidoras e entra em vigor a partir de amanhã.

Sabe porque (sic) a gasolina, o gás e o diesel estão caros? Porque esse Brasil tinha uma grande distribuidora chamada BR que foi privatizada e agora você tem empresas importando gasolina dos Estados Unidos em dólar enquanto temos auto suficiência e produzimos petróleo em reais. Lula, nas redes sociais

Esquema de corrupção na Petrobras

O esquema que ficou conhecido como "Petrolão" foi investigado pela Operação Lava Jato, do qual Moro foi juiz —em junho de 2021, no entanto, Moro foi considerado suspeito para investigar Lula e suas decisões foram anuladas.

A Petrobras acumula cerca de R$ 6 bilhões de devoluções em decorrência de acordos de colaboração, leniência, repatriações e renúncias, segundo comunicado da companhia divulgado em dezembro.

A empresa atua como coautora do Ministério Público Federal e da União em 31 ações de improbidade administrativa em andamento, além de ser assistente de acusação em 85 ações penais relacionadas a atos ilícitos investigados pela Operação Lava Jato, durante gestões passadas, inclusive nos governos do PT.